quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

"ORQUESTRA CIDADÃ" EM FERNANDO DE NORONHA


A regência - como era esperada - foi do Maestro Cussy de Almeida. Diante dele, um grupo jovem, alunos e moradores do bairro pobre do Coque, no Recife, para realização do primeiro concerto de uma orquestra em Fernando de Noronha, com a Orquestra CRIANÇA CIDADÃ, dia 27 de dezembro deste ano que termina.

O cenário impressiona... No centro da Vila dos Remédios, primeiro núcleo urbano erguido na ilha principal do Arquipélago, ainda no século XVIII, a música sobe ao ar e acaricia corações. Como “pano-de-fundo” o majestoso Palácio São Miguel, sede administrativa do Distrito, erguido por sobre as ruínas na antiga “Directoria do Presídio”, de onde emanavam as decisões nos muitos e diversos tempos noronhenses e que hoje respira liberdade.

Ali estava a realização do sonho. Para os jovens instrumentistas, para o maestro e para o público insular, fazer-se música de boa qualidade em meio às marcas do passado era um acontecimento.

Os jovens da Orquestra Cidadã sabem que foram resgatados pela Arte. Os “Meninos do Coque”, um dos bairros mais carentes e violentos do Recife, deixam-se ver e ouvir, comprovando o talento que jamais se suspeitasse existir. São artistas natos, aos poucos burilados pela equipe do magnífico violinista e Maestro Cussy de Almeida, que renovam a esperança no futuro através da música.

Para o maestro, a "Orquestra Cidadã” é “um milagre feito pelas mãos dos homens". O projeto ensina música a jovens carentes e os apoios e incentivos recebidos estão garantindo a sua continuidade, com a promessa de que todos venham a ser profissionais de Música. O repertório contempla peças eruditas, de grande autores e obras armoriais e populares. E só há uma forma de dizer-se OBRIGADO a todos esses artistas: aplaudi-los de pé.

Valeu o empenho da FUNDARPE, e de todos os que tornaram possível esse presente de Natal inesperado e sonhado!

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

VEM CHEGANDO O ANO NOVO...

Aparentemente
Nada há de “novo
no Ano Novo.

Será só uma data a mais
no calendário das nossas vidas?
Será apenas a “folhinha” que se vai,
deixando para trás tudo o que vivemos?:
Será o aventurar-se, pela mudança de dias
por acreditar-se que tudo será melhor?

Por que a chegada de um novo ano
agita o nosso coração
e parece renovar as nossas esperanças?
Por que esse simples passar de um dia para ao outro
ganha tanta importância?
Por que a agitação do “novo
parece reacender nossos sonhos?

É que somos assim:
agarramos-nos a coisas simples para almejar muito...
tentamos segurar nas mãos o tempo que vem,
extravasando a alegria por novas realizações...
exorcizamos os “fantasmas” do ano que passou
querendo que esses dias que vão chegar
sejam mais desassombrados...
povoamos nosso coração com pensamentos positivos,
com o desejo de sermos mais felizes...
fazemos promessas a nós mesmos
de sermos melhores e mais justos...

E esse é o compromisso

que a chegada de um Ano Novo cobre de cada um:
perseguir sempre o bem;
compreender o outro, buscando a partilha;
ajudar, no possível e no impossível;
tornar mais felizes aqueles que entraram no nosso caminho
... e assim sermos felizes, também!

E que 2010 nos encontre vigilantes,
compromissados com a VIDA!

domingo, 27 de dezembro de 2009

CONVERSANDO COM JESUS MENINO


DIALOGO

Menino,
por que vieste?
- Eu vim
para salvar os homens...


Menino,
onde estão eles?
- Dispersos,
pelo poder...


Menino,
como chegaste?
- Em meio
a maior pobreza...

Menino,
por que ficaste?
- Por amar
e ter esperanças...

Menino,
ainda e tempo?
- Sempre é
quando se quer...

Menino,
como fazer?
- Começar,
dentro de cada um...


Menino,
Feliz Natal!
- Tomara que assim seja,
mas que seja para TODOS!


(Publicado meu no livro "No silêncio do Coração", Catolicanet, São Paulo, 2005)

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

O NATAL EM OLINDA


Algumas tradições foram sempre o ponto alto dos festejos natalinos em Olinda, tanto nas Igrejas – em celebrações cheias de emoção – como pelas ruas, ladeiras e becos da cidade, onde o canto, a dança, os folguedos fizeram a alegria de olindenses de todos os tempos.

Seresteiros percorreram ano a ano os caminhos do sítio histórico, na “Serenata Natalina" criada pelo saudoso Maestro Otoniel Mendes, sendo acolhidos pela sonoridade dos sinos das igrejas, unidos a outros corais convidados, cantando a alegria do Natal. Pastoris entoaram jornadas em pontos distintos da cidade, mantendo vivo esse folguedo característico do Natal, gostosamente preservado e difundido nas escolas e associações da cidade. Cavalos-Marinhos, Encenações, Presépios ao ar livre e dentro dos templos, constituíram sempre o encantamento dos que valorizam esse tempo como o mais iluminado e festivo dos ciclos folclóricos do nordeste.

Foram essas iniciativas que mantiveram a magia do Natal em Olinda, que teve, ao longos de muitos anos, a presença cativa de Dom Helder na Igreja da Sé, Catedral do Arcebispado de Olinda e Recife, celebrando a “Missa-do-Galo” e abençoando seu rebanho ao findar-se a celebração... Gestos e sons repetidos, crenças antigas e novas afloradas, clima de paz e de bondade presentes nos olhos e nos gestos de sempre.

O tempo que passa carrega em si as novidades que chegam, conservando formas atemporais que permaneceram e permitindo que sejam mantidas as formas de viver o Natal com sabor de passado e o gosto do novo que se agiganta...

Neste ano de 2009, o sempre presente Presépio ganhou roupagens e tamanhos inesperados, para restabelecer no coração dos homens a mensagem bíblica de um Deus que se fez criança e veio viver entre nós, garantindo a Salvação esperada. Contemplando-o, retomamos o caminho da compreensão da mensagem tão clara dos anjos, que apregoaram “Paz na terra aos homens de boa vontade”... E, ao mesmo tempo, agradecemos ao Pai pelos artistas e artesãos que, anonimamente, conduzidos pela genialidade de Fernando Augusto Gonçalves, deram a Olinda esse presente especial, que se soma a toda a tradição mantida e revivida.

Viva o Natal em Olinda e nos nossos corações!

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

O MAR QUE ACOLHE OU REPELE...


Fernando de Noronha é, sem dúvida, o sonho da maioria dos brasileiros. Para realizá-lo, muitos enfrentam dificuldades, custos altos, receio de viagens que lhes parecem arriscadas e partem, cheios de expectativas, rumo ao desconhecido, à beleza, ao paraíso!

Por razões que não podemos explicar, às vezes esses sonhos são frustrados. Uma chuva que chegou inesperadamente, num lugar onde o sol sempre predomina; um mar calmo que se agita de repente e impede a saída e/ou a chegada de embarcações ao porto; ou outra qualquer inesperada ocorrência que exija a modificação ou adequação de planos estabelecidos.

Isso aconteceu recentemente, em uma das viagens do navio Orient Queen, cumprindo o cruzeiro marítimo da CVC que inclui o Arquipélago no seu roteiro: um swel inesperado impediu que centenas de passageiros abordassem a ilha, pelas difíceis condições do mar e pelos danos ocorridos no píer do Porto de Santo Antônio, face à fúria das ondas.

Claro, as “condições do mar” são previstas no contrato de viagem, como um elemento que pode impedir o desembarque, sim. Ninguém desconhece isso... Mas a dor de ver o seu sonho ir por “água abaixo” é grande e, para muitos, impossível de ser superada. Em cada rosto escondia-se a decepção, a constatação que chegara tão perto do seu objeto de cobiça e o perdia, porque o soberano mar assim o resolveu.

Certamente, para muitos, a oportunidade pode vir a ser repetida... Mas os planos frustrados pesam muito no contexto e provocam lágrimas, revoltas, até mesmo gestos e palavras impensadas, como o desabafo dos que não conseguiram viver aquilo que sonharam!

O swel não é freqüente em Fernando de Noronha. Ele ocorre de tempos em tempos e costuma ser mais comum nos meses de janeiro e fevereiro. Chega e se vai com a mesma pressa, sem que se possa definir quanto tempo levará ativo, complicando as atividades de mar, tão constantes na ilha e tão esperadas pelo turista que vem de navio.

Curioso é constatar que a mesma agitação do mar, crescido em ondas de grande altura, é a delícia dos surfistas, que esperam esses momentos em busca de um esporte radical e emocionante.

Ó mar salgado”, como diria o poeta Fernando Pessoa, por respeitar teus limites só nos podemos aventurar quando estamos em segurança, porque a vida assim o exige. E é assim que terão de ser mantidas as cautelas no chegar-se à ilha, quando o mar que a rodeia estiver furioso e soberano...

Vale temer o risco e minimizá-lo, tanto quanto possível!

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

"DOM HELDER – CAMINHOS DA UTOPIA PARTILHADA”


Uma exposição original, comovedora, repleta de “luz”, é a mostra "DOM HELDER – CAMINHOS DA UTOPIA PARTILHADA”, montada pela Prefeitura da Cidade do Recife, dentro das homenagens que presta ao inesquecível Pastor, no celebração do NATAL DA PAZ, neste ano do centenário do seu nascimento.

São textos, são transcrições de cartas, são fotos dos muitos tempos dos seus 90 anos de vida, são pronunciamentos sobre ele... Um mundo de informações, primorosamente distribuídos na “Casa do Carnaval”, espaço cultural do Pátio de São Pedro, centro e coração da Capital pernambucana.

Andar por aqueles “caminhos” é re-descobrir um homem miúdo, franzino, de aparência frágil, que mostrou-se um gigante em idéias, em lutas a favor dos mais necessitados, fiel à sua Igreja até o último dia de sua longa vida...

A Exposição permanecerá ali até dia 15 de janeiro, quando dará lugar ao Carnaval, fazendo jus ao nome que ostenta, ainda que, preencher aquele lugar carnavalesco com essa temática de agora não deixe de ser também o registro sobre um homem que nasceu num dia de Carnaval, em 1909 e que gostou – como ninguém – de misturar-se aos blocos que o saudavam, a cada ano, no dia do seu aniversário, em fevereiro.

Viva Dom Helder, hoje e sempre!

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

PASTORIL - UMA TRADIÇÃO VALIOSA!


No nordeste do Brasil há um folguedo tradicional do tempo do Natal que encanta a todos que o assistem ou a ele estão ligados. É o PASTORIL, singela manifestação originária do chamado “teatro religioso popular”, comum na Espanha e em Portugal, que recria a louvação feita pelos pastores na noite em que Jesus nasceu, fazendo isso em canções de anônima criação, em contendas entre figuras de destaque de cada pastoril, de danças, de escolha e coroação de “rainhas”, defensoras das cores AZUL ou ENCARNADO, como tema de peleja.

Para a maioria dos estudiosos da cultura popular esse folguedo característico do período natalino tem séculos de tradição e é representado desde a preparação do Natal, até as festas de Reis, com alegorias, bailados e canções, todas louvando o Menino Jesus que chega e que atrai os pastores na noite que se adianta, como um teatro popular, de cadência rítmica muito semelhante a canções portuguesas,

Dos Pastoris religiosos, feitos nas igrejas, próximos ao Presépio armado em lugar de destaque, o costume ganhou as ruas, “profanizou-se”, co-existindo, nos dias atuais, um pastoril de gosto popular mais fiel à veneração do Filho de Deus nascido, e um outro, de caráter profano, galhofeiro e irreverente, com canções nada convincentes do ponto de vista religiosos. E existem seguidores para todas essas tendências.

Mesmo nos pastoris religiosos, percebe-se que, ainda que de gosto popular, alguns grupos pareceram sempre mais burgueses, com trajes luxuosos, cantando diante de Presépios (ou “Lapinhas”, como são chamados) e que são a representação estática do nascimento do Menino Jesus. Outros vestem-se até de papel crepon, na pobreza da sua roupa humilde...

Na sua composição, o PASTORIL tem, principalmente, PASTORINHAS, vestidas de AZUL ou de ENCARNADO (a cor “vermelha”), destacando-se no cortejo três dessas figuras:

  • a MESTRA, principal figura do "cordão" ENCARNADO;
  • a CONTRA-MESTRA, principal figura do "cordão" AZUL
  • e a DIANA, elemento agragador, dançando isolada entre os dois "cordões", vestida nas duas cores do Pastoril: o ENCARNADO e o AZUL.

Afora essas personagens principais, muitas outras assumem papéis especiais, como a CIGANA, o ANJO, a CAMPONESA, o PASTOR... Em tudo há a singeleza do fervor religioso e o anonimato ds "Jornadas", que são as canções feitas só e para aquele momento de louvor.

O encantamento do PASTORIL atravessou gerações e chegou aos nossos dias, eternizado nos muitos dedicados guardadores dessa tradição, na fidelidade de escolas que continuaram a repetir toda esse costume natalino, nos grupos que foram se formando por aí afora e, mais recentemente, na feitura de um CD - "Pastoril" - pela pesquisadora e musicisita Dinara Pessoa, registrando 20 diferentes jornadas, imortalizando as poesias repetidas por adultos e crianças, CD este merecedor do "Prêmio Rodrigo de Melo Franco", a nível f ederal, pelo inusitado que representa, no universo da cultura popular.

Seria muito bom que tudo isso se perpetuasse... E que nós pudéssemos ouvir, pela vida afora, as doces e inesquecíveis jornadas de pastoril... Ah! como seria bom!

sábado, 12 de dezembro de 2009

OLINDA TEM O MAIOR PRESÉPIO DO BRASIL


Neste ano de 2009, Olinda celebra o Natal com a montagem do maior presépio do Brasil... São dezenas de bonecos-gigantes espalhados pela encosta do morro do Carmo, tendo como fundo a mais antiga Igreja Carmelita das Américas.

A “Pátria dos bonecos”, ganha agora um presépio à altura da tradução que ostenta, de ser o celeiro dos bonecos pequenos (“mamulengos”) e grandes (“bonecos-gigantes”, como parte da decoração natalina programada para os Sítios Históricos. É o maior presépio já montado em todo País, com 75 enormes figuras bíblicas, distribuídas pelo tradicional morro, em meio à Praça da Preguiça e a Avenida da Liberdade, rodeado por outros monumentos de grande valor..

O criador do presépio é o artista plástico Fernando Augusto Gonçalves, uma das maiores autoridades em bonecos de todo o Brasil, museólogo, autor do ontológico livro “Mamulengo – um povo em forma de boneco”, publicado pela FUNARTE/MEC e criador do Mamulengo Só-Riso, de Olinda.
Com uma proposta singular, o presépio natalino da cidade Patrimônio da Humanidade possui 75 bonecos-gigantes e a Igreja que lhe serve de cenário foi especialmente iluminada para a ocasião. Os personagens com alturas entre 6m a 2m estão expostos em praticáveis de diferentes níveis e alturas, criando sinuosidades topográficas e gerando um ritmo expositório com mais de 100m de cena aberta. Uma iluminação cênica em todo o conjunto completa o clima de magia e toda essa Arte ficará exposta até o Dia de Reis - 06 de janeiro de 2010 -, quando oficialmente se encerram os festejos natalinos no nordeste.

Em todos os dias um sistema de som, das 10h da manhã à meia noite, mostra um repertório do cancioneiro natalino brasileiro e internacional, canções eruditas mundialmente conhecidas, batuques ritualísticos e dobrados de procissões, tudo organizado pela equipe do Grupo Mamulengo Só-Riso, que acaba de receber do MIinC a comenda “Ordem do Mérito Cultural do Brasil

A abertura da programação será neste domingo, dia 13, às 18h.

É uma criação de beleza a uma nessa terra de tantos encantos!
............................................................................................

Fontes:
Foto: Ádria de Souza
Informações: site da Prefeitura de Olinda

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

NATAL DE ESPERANÇA

Olhar para trás
e lembrar do muitos Natais vividos:
a Missa no meio da noite,
a ceia, as luzes por toda parte,
o carinho transbordando fácil, fácil ...

Olhar para trás
e sentir que o tempo passou,
que nosso rosto mudou,
que os filhos cresceram
e o amor continuou impregnando tudo...

Olhar para trás
e recordar amigos de muitos tempos,
fiéis na amizade
e presentes na saudade
daqueles que se foram...

Olhar para trás
e encontrar sinais de passado
no tempo de agora
crendo na alvorada de um futuro
onde o bem prevaleça

Olhar para trás
e não temer o que ainda virá,
mas abraçar os sonhos
tecidos pela esperança
que renasce em cada novo Natal...

Olhar para trás
apenas para arrancar-se em direção à luz,
com a fé renascida no Cristo que chega,
a coragem de ousar no Ano que aí vem
e o afogo de ternura para todos que amamos...

Que assim seja o nosso Natal
e o Ano de 2010 que já nos espreita!

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

DIA DA IMACULADA CONCEIÇÃO

Não é difícil imaginar
que o Filho de Deus buscaria,
na sua trajetória terrena,
um puríssimo seio de mulher
onde repousasse e sua cabeça
e um colo abençoado
onde apoiasse
seus fatigados ombros de homem.

E apareceu Maria,
desde sempre e para sempre
concebida sem pecado.

Qual cofre valioso,
seu ventre acolheu
o doce fardo que chegava.
Sua maternidade
foi prenúncio de muitos sofrimentos,
alvo de uma incompreensão clara e evidente
e, mais tarde,
causa de dores irreparáveis...

Doloroso “sim”,
que permitiu que tudo acontecesse.
Valioso “sim”,
sem o qual a Salvação
não se teria concretizado.

E apareceu Maria,
desde sempre e para sempre
concebida sem pecado,
IMACULADA.
Salve!


(Publicado no meu livro “Cantando o amor o ano inteiro”, Paulinas, 1986).

domingo, 6 de dezembro de 2009

OLINDA RESPIRA ARTE UMA VEZ MAIS....


É a 9ª edição da vitoriosa promoção “Olinda Arte em Toda Parte”, que movimenta o Sítio Histórico no período de 3 a 13 de dezembro deste ano. Uma infinidade de manifestações artísticas se distribui pelas ruas e ladeiras da cidade, possibilitando a constatação de que, no perímetro dos sítios históricos, a concentração de artistas e artesãos, das muitas formas de fazer Arte é uma dádiva!

Motivados pelo espírito natalino, um presépio de grandes dimensões se destaca na Praça do Carmo, criado pelo artista plástico e bonequeiro Fernando Augusto, tendo a bela Igreja do Carmo de Olinda ("a mais antiga igreja carmelita das Américas”) como “pano-de-fundo”. Uma sagrada família de 6m de altura, simboliza a tradição, a fé dos olindenses e dos que visitam a terra, nesse tempo de valorização da Arte.

Este ano, “Olinda arte em toda parte” homenageia o “Movimento da Ribeira”, que aconteceu no Sítio Histórico entre os anos de 1964 a 1972, deflagrado por vários artistas. O que foi esse movimento está sendo contado na exposição montada no Mercado da Ribeira.

E a diversidade de arte se distribui pelos ateliers espalhados pelas ladeiras e abertos até tarde da noite... Pelas instituições que oferecem temas de estudos e exposições temáticas, como a Biblioteca Pública de Olinda, o Instituto Histórico de Olinda... Pelas Igrejas que se abrem à visitação mostrando seu acervo sacro que remonta aos séculos XVI, XVII e XVII e acolhendo tendências várias de fazer-se Música... Pelas outras formas criativas de fazer Arte na Moda, na Gastronomia, no Artesanato e tantas e tantas expressões ...

Para facilitar o acesso às colinas do sítio histórico estão sendo disponibilizadas vans, pela Prefeitura de Olinda, que saem do Receptivo Turístico do Estado – na Praça do Carmo, transportando visitantes durante o evento, monitorados por estudantes de Turismo e fazendo paradas estratégicas pela cidade alta.

Nessa terra de costumes religiosos e de carnaval frenético, de talentos genuínos e cenário inesquecível, de bonecos gigantes e de manulengos deliciosos e irreverentes, de comida saborosa e diversificada, a Arte “escorre” por todos os lados e atrai a todos.

Vale a pena vir e ver!