quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

DOM HELDER E O FILME E.T.



Um filme arrebatador, inesquecível...

Visto muitas vezes pelas pessoas de todo o mundo, sua magia provoca, até hoje, a mesma emoção diante daquele fábula deliciosa... Falamos do filme o “Extraterrestre” chega aos 30 anos de sua primeira exibição – no dezembro de 1982 – guardando quase intacta esse sentimento de plenitude do público que o assiste.

Com Dom Helder Câmara não foi diferente. Ele foi ao cinema assistir E.T... Emocionou-se com o enredo simples e, ao mesmo tempo, extraordinário. E saiu da sala de exibição comentando o que assistira.

Diante de um grupo de crianças que tagarelavam sobre o filme assistido arriscou perguntar: “- E aí, gostaram do filme E.T?

Um, mais afoito, destaca-se do grupo e diz, com a simplicidade: “Gostei. E.T é bonzinho e feinho que nem tu.”

Risadas, das crianças e dele próprio...

Doce lembrança daquele homenzinho pequenino, cheio de Deus, amante da Arte e das boas coisas da vida!    

sábado, 22 de dezembro de 2012

DAQUI A POUCO SERÁ O NATAL...




Daqui a pouco começam os preparativos para a comemoração do Natal. Formas e rituais diferentes, a depender das experiências de cada um. Nada gratuito. Tudo envolvido nos símbolos deste tempo  da sugestiva harmonia, alimentado por lembranças que chegam a doer, de tão fortes.
 


Daqui a pouco – menos tempo a cada segundo que passa – todos nós nos deixaremos envolver pela clima de PAZ que parece pairar no ar e que sugere reencontros, retornos, afirmação de um querer-bem que tem rostos e braços amados, talvez um tanto esquecidos, mas escondidos nos recônditos do pensamento mais caro e belo.

Daqui a pouco será a hora da celebração de um nascimento – não de uma figura qualquer – mas do Filho de Deus assumido na natureza humana, por Amor, tão somente. E essa celebração terá orações, músicas, desejos expressados, não importa se na nossa sala de jantar do dia a dia ou na suntuosa catedral...

E todos - com ou seu a roupa nova desejada - magoado alegre, disposto ao perdão ou temeroso que aconteça, vamos viver mais um Natal em nossas vidas, quem sabe o primeiro em paz no coração – por resgates de ternura buscados – os em ânsia incontida –de quem ainda não é capaz de mudar, para mudar-se por dentro.

Daqui a pouco será Natal. Bem-vindo e esperado Natal de cada ano, mensageiro da PAZ proclamada um dia “aos homens de boa vontade” e possível de acontecer, se formos capazes de dar o primeiro passo.

Tomara que o Menino Jesus nasça em nós e nos faça melhores! Tomara! 
   

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

14 ANOS SEM O MAESTRO


Ele é uma lembrança viva nos corações daqueles que viveram os anos sessenta, setenta, oitenta... Seu talento musical assumia quase todas as festas da época, gerando um público cativo, absolutamente envolvido pela magia das noites dançantes, fossem esses momentos em salões os mais diversos ou espaços abertos, como os "Dançando na rua", que marcaram época!

Fernando Borges era esse homem múltiplo, cantor e instrumentista vocacionado, entregue ao seu público cativo nas muitas apreentações pelo Pernambuco inteiro.

12 anos ele nos deixou. Na madrugada do dia 18 de dezembro de 1998 ele se foi, deixando-nos atônicos, certos de que o seu lugar - na memória de Arte do Estado - aconteceria, fatalmente, por todo o talento com que sua carreira foi construída.

Saudade de nossos tempos de criança, das cantorias constantes na casa dos nossos pais, dos primeiros ensaios dos seu grupo musical - na sala da casa - preparando o maestro que despontaria para o sucesso... Saudade dele, de tudo o que ele construiu na vida!

Deus o guarde, Maestro FERNANDO BORGES!
     

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

UM MONUMENTO DE NIEMEYER PARA FERNANDO DE NORONHA




O ano de 2002 foi atípico. Preparava-se - em Fernando de Noronha - um elenco de comemorações para celebrar os 500 anos do descobrimento daquele espaço insular. As sugestões eram muitas. Uma pareceu ousada demais... Nascia do arqueólogo Paulo Tadeu Albuquerque, à época consultor da ADEFN a proposta de procurar-se o extraordinário arquiteto Oscar Niemeyer, no Rio de Janeiro, e sensibilizá-lo para imaginar um monumento para o arquipélago.

O pedido era grandioso. E os sonhos de fazer-se uma festa inesquecível e marcante animou-nos a todos, Três dos nossos -, representando os demais - arriscaram cumprir esse rasgo de ousadia: Jório Cruz, Vera Araújo e o idealizador, Paulo Tadeu.

Os resultados foram animadores. Diante do gênio Niemeyer, o entendimento se deu. E, feitos os primeiros ensaios do que seria o Monumento aos 500 anos do descobrimento da ilha, foi ele mesmo que assim descreveu a obra: Nossa idéia seria projetar um salão de exposições, simples, com paredes cegas, lembrando as velhas fortalezas dos tempos coloniais, tendo como fecho uma escultura metálica. Qualquer coisa abstrata, formas soltas no espaço.”
 
Pena aquele sonho não se concretizou. Muitas dificuldades impediram que, pela primeira vez, Pernambuco abrigasse o traço único daquele arquiteto-feiticeiro, capaz de sonhar e propor beleza e ser reconhecido por isso!

Agora, Niemeyer se foi, depois de uma longa e fecunda vida de mais de cem anos... Ficam conosco – nos seus traços - sua exclusiva criação, no monumento que jamais se fez erguer na ilha, que sseria localizado na região da Ponta da Air France, rodeado pelas ilhas secundárias e bem próximo ao encontro do mar-de-dentro com o mar-de-fora, aberto ao mundo! Pena, mesmo!!!     

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

FREVO – O RECONHECIMENTO INTERNACIONAL




Somente aqui ele existe. Daqui saiu, timidamente no seu nascedouro, para contagiar, eletrizar, apaixonar e seduzir lá fora, recebendo os merecidos méritos! 

Pernambuco tem uma dança que nenhuma terra tem, Quando a gente entra na dança não se lembra de ninguém...“ Foi o imortal compositor Capiba quem assim definiu, o FREVO de Pernambuco, muito tempo antes que ele – o contagiante e “frenético” ritmo nordestino - viesse a encantar o mundo e ser, reconhecidamente, considerado PATRIMÔNIO CULTURAL IMATERIAL DA HUMANIDADE.

Nascido mesclado pela marcha, pelos dobrados tocados nas ruas pelas Bandas de Música, sob a proteção dos capoeiristas, que defendiam músicos e instrumentos da loucura contagiante dos brincantes de Carnaval, o Frevo tornou-se o ritmo marcante de Pernambuco e dançá-lo foi inevitável, incluindo nos “passos” que se iam multiplicando e “pernadas” de capoeiristas, seguindo o compasso binário do que ouviam pelas ruas. Tão forte foi esse aparecimento que, para todos que assistiam ou se envolviam na dança, aquilo parecia “ferver”, “frevê”, “frever”... E assim nascia o novo vocábulo que passou a identificá-lo.

Para o pesquisador Rebato Phaelante, “o frevo é vibrante, emocional e participativo, características muito típicas do povo pernambucano”. Para todos nós, o titulo recebido é um orgulho, uma alegria, uma razão a mais para se dar graças”

Salve o FREVO! Salve esse novo patrimônio cultural imaterial” Salve cada um daqueles que, pela vida, repetiu passos, suou a camisa, sentiu seu sangue ferver, alucinadamente, em contato com essa forma única e própria expressão carnavalesca desse sofrido e corajoso nordeste!

Palmas para todos por que - no linguajar do povo – essa folia é mesmo “um caldeirão frevente”. E tenho dito.