quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

CARNAVAL DE PERNAMBUCO – NÃO HÁ NADA IGUAL






O que alimenta esse povo festeiro,
que pula, se enfeita, se agita,
canta, dança, se entrega
e parece não cansar nunca?

Que explosão é essa
que aflora de formas tão diversas
e leva as pessoas à entrega absoluta
quando chega o Carnaval?

O que explica essa euforia,
essa desenfreada maneira de extravasar alegria,
contagiando e gerando seguidores,
envolvidos todos na folia momesca?


Isso é o CARNAVAL DE PERNAMBUCO.
Isso é a festa popular arraigada na alma do povo
e que tem tantos nomes, tantas cores,
tantos ritmos, tantas tradições...


Isso é o CARNAVAL DE PERNAMBUCO,
único, diferente, diversificado, especial,
com um jeito próprio de ser e permanecer,
apesar dos tempos e dos homens...

Não há nada igual.
E que bom que continua a ser assim!!!
  

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

DOM HELDER - 104 ANOS DE LUZ



Tempos que passam, voam,
consolidam lembranças, avivam esperanças...

Tempos marcantes, de feitos iluminados,
ausência sentida, presença irreal...

Tempos de ontem, de hoje, de sempre,
carinho guardado, amor tão perfeito...

Viver esse tempo, passá-lo adiante,
e dá-los a todos, na luz e na paz...

Viver esse tempo é comprometer-se
em aprofundar o amor, o ideal...

Viver esse tempo é crer na certeza
de sempre senti-lo bem junto de nós...

Tempos que passam. Tempos de vida.
Profeta do século. Pastor sem igual...

Helder centenário.
Helder para sempre.
Helder dos tempos.
Helder do amor!
  
Abençoado sejas, neste dia 7 de fevereiro!

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

UM VIOLINO SILENCIOU...




Meu irmão, o Maestro Fernando Borges, quis aprender violino aos seis anos. Pediu, na época, ao padrinho de Batismo, um violino de presente. Seu primeiro professor foi o Maestro Vicente Fitipaldi, da Orquestra Sinfônica. Quando não lhe foi mais possível assistir o jovem aluno, ele mesmo indicou um músico da sua orquestra, talentoso e gente do bem: o violinista MILTON RODRIGUES, que “se encantou” por esses dias, depois de uma vida plena de realização no meio musical.

Era uma festa, na minha casa, cada vez que ele chegava. Seu jeito descontraído, seu amor pela música, desde a erudita ao popular, seu jeito muito especial de tocar violino, passaram a fazer parte do imaginário daquele pivete talentoso que o tinha como professor e de todos nós, suas irmãs... 

E Fernando Borges, mesmo integrando o Trio Uirapuru, apresentando-se em concertos desde os tenros 13 anos (juntamente com  um outro violinista - Luiz Marques - e com a nossa irmã mais velha, Adelina Borges), cada dia mais era atraído para a execução de peças que fossem populares ou tivessem se popularizado, como as célebres Czardas, na qual ele se entregava por inteiro, de olhos fechados e emoção nas mãos.

Milton Rodrigues foi um dos violinistas que executou Czardas pela vida afora, sobretudo como componente do TRIO CIGANO (violino, violão e percussão), muitas vezes fazendo isso em programas de auditórios e em seletos espaços culturais que o convidavam.
 
De repente, o artista se foi. Seu violino silenciou para sempre.Seu jeito especial de tocá-lo ficou na lembrança, apenas. As milhares de apresentações, em saraus, concertos, casamentos, solenidades e tantas outras ocasiões que mereciam sua presença, cessaram.

Sua Música foi o seu “emprego”, seu “ganha-pão”, seu carinho maior. Para isso foi nomeado para a Orquestra Sinfônica do Recife pelo Decreto nº 06544, de 12 de dezembro de 1963, assinado pelo Presidente da Câmara Municipal do Recife, no Exercício do Cargo de Prefeito do Recife, Liberato Costa Júnior, por preencher condições exigidas, como musicista. E nela permaneceu, até a aposentadoria, fazendo escola diante dos que chegavam e amavam aquele homem de bom, pelo seu talento e sua maneira de ser.

Quantas alegrias ele deve ter despertado na vida! E que falta ele faz!