quarta-feira, 27 de março de 2013

PÁSCOA – SINAL DE REDENÇÃO



 

Atravessar o mar da escuridão à procura da luz,
acreditando que ela reaparecerá,
mesmo longe, para guiar os nossos passos...

Esperar, contra toda a desesperança,
que ventos  melhores venham, com força,
afastando a inquietação do medo e da dor...

Essa é a certeza que alimenta o sonho
diante do medo e da solidão,
quando o coração inquieto parece fraquejar...

Essa é a certeza que a Páscoa encerra,
Crendo que um Deus-Homem - por amor -
fez-se oferta - redimindo a humanidade inteira!

Feliz Páscoa, amigo / amiga!



sexta-feira, 22 de março de 2013

A EMOÇÃO DE REZAR JUNTO A DOM HELDER





Emoção. Encantamento evidente, nos gestos simples e profundamente marcados pela fé. Talvez isso explique o que foi a visita do Padre Antônio Maria à singela Igreja de Nossa Senhora da Assunção das Fronteiras da Estância de Henrique Dias, neste dia 22 de março de 2013.
 

Dez anos depois de ter rezado e cantado no emblemático e histórico templo, onde viveu e morreu aquele que é considerado o Profeta do século XX, DOM HELDER CAMARA, o padre-cantor voltava ao local por ele considerado sagrado, marcado pela forte e irreal presença do inesquecível Arcebispo de Olinda e Recife.

Ajoelhado junto ao leito, na Casa-Museu, por trás do altar-mor da igreja chorou e beijou a cama simples do quarto despojado, sem janela, testemunho da humildade e simplicidade desse pastor que se foi... Caminhou por cada recanto daquele espaço. Apreciou a rede-cearense deixada. Contemplou a imagem do Papa João Paulo II abraçando fraternalmente o pastor que o acolhia no Recife. Passeou pelas estantes que guardam a fantástica produção literária deixada, leu meditações extraordinárias, muitas delas escritas em livros que foram lidos à exaustão por ele e que contém as evidências desse amor à tudo que o pudesse ajudá-lo a ser – como dizia – cada dia mais padre. Abençoou os que cuidam desse patrimônio religioso e cultural.

Aquelas paredes guardam o tempo e as marcas de um santo, que amava São Francisco – santo no qual o Papa Francisco se inspirou – e encantaram o “trovador de Deus”, Padre Antônio Maria, na sua devoção e no amor demonstrado...

Quanta energia recebida numa simples visita! Quanta emoção! Valeu ter vivido isso!

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Fotos: Vera Araújo

domingo, 17 de março de 2013

AS TRADIÇÕES DA SEMANA SANTA DE OLINDA





Gestos que se repetem desde sempre. Cortejos especiais, por ruas, ladeiras e largos de uma cidade que parece talhada para a celebração pública, sempre. O toque da matraca que substitui os sinos. Os cantos piedosos de devotos que caminham por sobre pedras seculares.

Isso é OLINDA na Semana Santa.  E até antes dela, nas procissões que preparam o clima de penitência, rezando pelas ruas, destemidamente, proclamando a sua fé. Na primeira dessas demonstrações de religiosidade – a PROCISSÃO DO ENCERRO – dia 21 de março, renova-se um costume deixado de lado pelas urgentes obras de restauração da Igreja do Carmo mais antiga das Américas – a de Olinda – que durou tanto tempo... Iniciando-se este ano nela, onde a imagem do Senhor Bom Jesus dos Passos repousa no altar lateral direito do templo, saem todos para a rua, retomando-se mais uma tradição. O andor vai coberto (“encerrado”). O povo o acompanha carregando velas acesas. E rebatiza a cortejo chamando-o de “PROCISSÃO DAS VELAS”. O trajeto conduz à Sé, Catedral do Arcebispado. Fecham-se as portas, Guarda-se o Cristo no silêncio dessa igreja emblemática, onde repousam quase todos os Bispos e Arcebispos que se por aqui viveram...

No dia seguinte, sexta-feira, dia 22 de março, descoberta e ornamentada, a imagem volta pelos mesmos caminhos, lentamente conduzida, na PROCISSÃO DOS PASSOS. Irmandades, confrarias, seminaristas, ordens terceiras seculares, religiosos e gente piedosa compõem esse grupo diversificado, em sua demonstração de fé. Várias PARADAS são feitas nos NICHOS. Somente nessa ocasião - uma vez por ano - eles se abrem, deixado-se ver na sua singeleza e diante deles as reflexões são feitas.

Uma parada é especial. Aquela que marca o encontro de MARIA com seu Filho, JESUS, para o “Sermão do Encontro”, tradicionalmente feito pelos Bispos e Arcebispos que se sucederam. Para revivê-lo, a imagem da Mater Dolorosa é trazida da Igreja de São João, descendo de sua suave colina para o espaço onde a procissão para, à espera do momento tão forte e bonito. .

Depois, todos continuam a caminhar. Ainda irão se deter diante de outros NICHOS no trajeto, até o momento final, recolhendo-se a imagem ao seu lugar de sempre: no CARMO de Olinda.

E seguem-se as celebrações da Semana Santa, dentro das igrejas ou entre elas, para reinventar-se na sexta-feira santa pelas ruas, com a PROCISSÃO DO SENHOR MORTO (que sai e retorna ao Convento de São Francisco, o mais antigo da Ordem, no Brasil) e, na madrugada do Domingo de Páscoa, na vibrante PROCISSÃO DA RESSURREIÇÃO, também assumida pelos franciscanos de Olinda, que cantam, soltam fogos, retomam a alegria pelas ruas, porque o Cristo ressuscitou!

Isso é OLINDA!!! Aleluia! Aleluia! Aleluia!    


quinta-feira, 14 de março de 2013

"HABEMUS PAPAM"



Temos Papa.
 
Temos uma esperança chamada FRANCISCO.

Vivemos a alegria de sermos chamados – por ele mesmo - a “rezar pelo Papa”, desde o primeiro momento. Em silêncio, um multidão fez  isso, diante dele que chegava. E o mundo também.

Renascem os sonhos de uma igreja fecunda, equilibrada, à sombra do inesquecível “pobrezinho de Assis”. Recomeçam as caminhadas para o bem, o que é certo, para o renascimento dessa igreja “Santa e Pecadora”, iluminada pelo sopro divino.

Seja bem-vindo, Papa Francisco! E que os “Franciscos” santos segurem suas mãos abençoadas!   

terça-feira, 12 de março de 2013

É FESTA EM OLINDA E NO RECIFE




Em uma - plantada em sete colinas - derramaram-se casas entre mosteiros, conventos e templos seculares. Em outra, um rio se espraiou entre ilhas, fazendo lembrar outras terras, dando-lhe alcunhas significativas por isso.Duas terras tão próximas, unidas por um istmo num passado distante. Duas antigas vilas pontuadas de igrejas, sinais da religiosidade que veio de longe. Duas cidades tão diferentes e, ao mesmo tempo, encantadoras na sua diversidade.

Juntas fizeram história. A nobre e mimosa Villa d´Olinda abrigava o poder, os fidalgos, que  chegavam, prontos para fincar morada numa terra de muitos verdes e de mar fascinante. Lá longe, o porto – a “ribeira do mar dos arrecifes” – servia-lhe de entrada e nela o comercio se estabeleceu, gerando a riqueza que veio e, pouco a pouco, assumiu o comando da terra.

Vieram os holandeses. Amaram a terra-arquipélago, rodeada da água que lhes lembrava as origens... Ignoraram a vila primeira, fazendo-a arder completamente, naquele distante 26 de novembro de 1631.

Crescimento e cobiça. Apogeu e destruição. Renascimento esperado que consolidou um patrimônio raro, oriundo do século XVI, até hoje decantado e procurado pela sua especificidade. E reconhecido pela Unesco, em favor de Olinda.

Hoje, uma e outra relembram esse passado marcante. Foi num 12 de março que o sábio donatário destinou as terras para aqueles que arriscaram a travessia, vindo sonhar a Nova Luzitânia... E foi nesse documento oferecido à Camara – o FORAL DE OLINDA – que ele próprio intitulou a pequena e vizinha vila ribeirinha.

OLINDA e RECIFE. Cidades irmãs. Uma a antiga Capital. Outra a Capital de agora. Juntas e solidárias na festa comemorativa. Juntas na titulação da Arquidiocese de Olinda e Recife. Juntas no coração de todos, que festejam esses aniversários. Salve!

sexta-feira, 8 de março de 2013

QUEM ÉS TU, MULHER



Quem és tu, mulher?
A fada dos contos infantis
que acompanharam nossas vidas?
Aquela que cantava junto ao berço
para que o sono viesse?
A fonte inesgotável
de alimento e de proteção?

Quem és tu, mulher?
Deusa? Encanto? Surpresa?

Tu és MULHER, simplesmente...
Talhada pelo Criador para a beleza.
Presença suave diante da aridez do mundo.
Certeza do aconchego esperado.
Coragem e ousadia quando necessário.
Solução e saída em horas improváveis.

Tu és MULHER, simplesmente...
Frágil, ao te fazer desejo.
Força, se isso for preciso.
Recuo, se os passos dificultam a caminhada.
Amor, de muitas formas e a muita gente.
Esperança, para um mundo contraditório.

Quem és tu, MULHER.
És MULHER... e basta!

(No DIA INTERNACIONAL DA MULHER – em 2013)




sexta-feira, 1 de março de 2013

UM CONVITE À DISTÂNCIA


Amigos:

Meu nome foi submetido a avaliadores que me consideraram merecedora do
"PRÊMIO TACARUNA MULHER 2013",
um evento anual que aponta pessoas que se destacaram 
em diversas áreas de atuação.
Quero convidá-los, mesmo à distância, 
para sintonizarem-se com esse reconhecimento
que me deixa feliz e agradecida.
Vocês estarão próximos, no meu coração 
e na lembrança do carinho que tenho por cada um,
neste "Dia da Mulher" que se aproxima.