terça-feira, 30 de julho de 2013

FRANCISCO CHEGOU!






Francisco chegou. Trazia no rosto o cativante sorriso que despertara corações adormecidos e encantara o mundo, desde o primeiro instante do seu pontificado. Sua mão direita não se aquietava nem deixava de abençoar a todos que aguardavam a sua passagem. Era como uma estrela meteórica invadindo espaços e corações, gerando uma PAZ infinita...
 
Como aquele de quem herdara o nome, havia luz à sua passagem. Como aquele destemido Francisco, vestido de maneira singela, carregando seus pertences mais íntimos, como qualquer mortal, ela “invadia” as áreas por onde ia seguindo, arrastando a multidão que enfrentara tudo para vê-lo de perto. A ninguém foi indiferente. E ninguém quis olhar em outra direção senão aquela - branca e terna – que mais se assemelhava a um querido avozinho, cheio de amor para dar e sabedoria para compartilhar.
 
Francisco chegou. Com ele chegou o renascer das esperanças dos idosos, a coragem dos adultos emocionados, a ousadia dos jovens – razão maior da sua vinda.

Bendito seja esse Francisco que veio, fez-se ver e a tudo viu, com olhos de fé e de amor! Bendito esse novo Francisco, tão semelhante àquele que mudou o mundo e se fez amar por muitos séculos! Bendito esse Francisco de agora, que se deixa imbuir do modelo franciscano de ser gente, derramando ternura por cima de todos!
 
Certamente, o Brasil se entregou a esse Francisco, como já se curvara, reverente, diante do outro – o pobrezinho de Assis – e sentia a nostalgia de ouvir e tocar em quem se assemelhasse ao santinho italiano.

E reaparecem os sinais de que estamos a caminho das certezas eternas, sob o disfarce e as asas camufladas desse Francisco que agora acolhemos!

Ah, Francisco! Como foi bom tê-lo tão perto!


segunda-feira, 22 de julho de 2013

CORAL DO CARMO DO RECIFE – QUE MARAVILHOSA MARATONA!



Foram 16 dias de dedicação e encantamento! 10 dias cantando na Festa do Carmo do Recife (de 6 a 16 de julho) e 06 na Festa do Carmo de Olinda. Novenas, Vésperas solenes no dia 15 de julho. Celebração solene no dia 16 e dia 21, para louvar a Padroeira do Recife e Patrona da Casa-Mãe da Ordem nas Américas - a mais antiga das igrejas da Ordem nesse Novo Mundo.
 
Esta foi a deliciosa façanha desse grupo de canto coral exclusivamente masculino, que tem 64 anos de existência, nascido do ardor missionário do frade carmelita Frei Pio Moreira que, em agosto de 1949, reuniu jovens cantores para resgatarem o belo cancioneiro da Ordem e com isso abrilhantarem as celebrações em honra da padroeira dos recifenses e da Província Eclesiástica de Pernambuco.

Nunca mais os novenários deixaram de contar com aquele coro forte, corajoso, apaixonado por a causa para a qual tinha sido convocado: cantar os louvores à Mãe do Carmelo. E, para este ano, viveram a alegria de aumentar sua jornada de canto e de amor, seguindo o longo calendário com total dedicação.

Para Olinda, foi a retomada das festas carmelitas interrompidas por muito tempo, enquanto caminhava passo a passo a restauração e rededicação da igreja, o que só viria a acontecer em agosto de 2012. Para as duas igrejas seculares, todo empenho valeu a pena porque, certamente, Pernambuco não via, há tempos, uma festa assim, que atraiu milhares de devotos, cumprindo a jornada longa, cheia de fervor e exemplos de fé e superação.


CORAL DO CARMO DO RECIFE: um orgulho para Pernambuco, um desempenho extraordinário, apesar do cansaço! Só a fidelidade a uma causa explica algo assim!          
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Foto 01 - Frei Pio Moreira, criador do Coral do Carmo do Recife
Foto 02 - Antigos componentes do coro. Muitos já se foram...
Foto 03 - Componentes atuais. Maestro atual: Josias Gouveia. 

sábado, 20 de julho de 2013

NO DIA DO AMIGO





DIFERENÇAS


  É claro que existem diferenças.
Nossas almas guardam,
no seu silencioso existir,
uma intemporalidade diversa,
que nos veio de tantas e tão grandes
experimentações vividas.

Somos duas pessoas diferentes.
Amamos de um jeito diferente.
Sofremos, com uma intensidade diferente.
Entregamos-nos, com maior ou menor reserva,
mas quase sempre (e ainda bem!)
com especiais e diferentes valores.

O que de maravilhoso existe, no entanto,
é essa capacidade de superar arestas,
sublimar atritos, ignorar aquilo que nos separa,
para saborear a sublime aclimatação
que se estabelece em nós, quando juntos,
pela razão única de sermos amigos,
apesar (e acima) de tudo...

O que de mais maravilhoso
é, sobretudo, sermos um
– enquanto amigos –
mesmo continuando em nós
a individualidade que cultivamos,
como seres, diferentes, afinal.

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          (Minha homenagem aos AMIGOS que fiz, pela vida, no DIA DO AMIGO)

sexta-feira, 19 de julho de 2013

“N. Sra. DO CARMO, VEDE A GRANDE MULTIDÃO...”



Uma homenagem que deu certo, embora o cansaço dominasse aqueles que acreditaram e vieram, caminhando, cantando e rezando, durante mais de quatro horas, unindo pela fé,  da BASÍLICA DO CARMO DO RECIFE e a IGREJA DO CARMO OLINDA, a Casa-Mãe dos carmelitas de todas as Américas, reativada, restaurada e rededicada em agosto de 2012.

Juntos o Arcebispo Metropolitano de Olinda e Recife - Dom Fernando Saburido - os frades carmelitas daqui e de outros lugares, os padres seculares igualmente fascinados pelo carisma do Carmelo e o devotíssimo povo saíram rumo a Olinda no meio de uma tarde especial, na data dedicada à Flor do Carmelo, Padroeira do Recife, para depositar suas flores, seu cansaço, seu carinho aos pés da Virgem do Carmo em Olinda, primeira capital de Pernambuco.  

No final, das janelas do coro do Carmo olindense, a bênção episcopal. E a multidão, contrita, sentiu-se abençoada como nunca!  Uma festa sem precedentes! Uma coragem inesperada! Uma adesão espontânea e grandiosa, que trouxe lágrimas aos olhos e ternura ao coração!

Aos vossos pés, ó Maria, vede a grande multidão, que vos pede, noite e dia, vossa augusta proteção”... Assim diz o devocionário carmelitano. Assim repetimos, ainda inebriados pelos bons fluidos recebidos. “Virgem do Carmo, eia pois!!!”  Amém.
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Foto 1: Centro do Recife - multidão seguindo a Berlinda com a Virgem Padroeira.
Foto 2: Entrada da Virgem Peregrina na Igreja do Carmo de Olinda
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Postado por Marieta Borges, às 13h50.

terça-feira, 16 de julho de 2013

RECIFE E OLINDA UNIDOS HOMENAGEIAM A VIRGEM DO CARMO




A tarde deste dia 16 de julho se adianta... Daqui a pouco, milhares de caminheiros, devotos fervorosos da Virgem do Carmo sairão pelas ruas, conduzindo-te este ano numa “Berlinda”, guardada dos ventos contrários e da chuva que teima em cair, fininha... Não importa se os pés estão cansados desse peregrinar de tantos dias, nem que sinais do tempo lhes marque o semblante. Todos estão decididos. Querem atravessar – como no passado - as distâncias que separam o Recife de Olinda, levando-te em Procissão.

Aqui, deixam a Basílica engalanada onde te veneraram com amor e dedicação, numa novena cheia da bela tradição carmelitana e o forte e sonoro cantar do coro que segue tuas pegadas de amor, por décadas: o Coral do Carmo do Recife.

Lá, igualmente preparada, a Casa-Mãe aguarda, envolvida agora das antigas belezas redescobertas, para acolher esses caminhantes que chegam, para homenagear uma mesma devoção, no espaço olindense onde tudo começou, para daí partirem, no distante 1580, evangelizando por Pernambuco afora, plantando as sementes do teu carisma e a certeza do teu manto protetor: o Escapulário.

Hoje, 16 de julho de 2013, os oito quilômetros que separam esses dois espaços sagrados, se unirão num só abraço! Num passado remoto, vieram a ser local de celebração, de acolhida e, sobretudo, de proclamar-se um amor especial pela Virgem, aqui detentora de um título maior: Virgem do Carmelo.

Pelas ruas, o brado será de alegria, de veneração, de carinho. Juntos, os carmelitas de todos os tempos, se encontrarão, num reencontro necessário, olhando a templo restaurado e rededicado para todos os seus filhos, de todas as Américas.

Salve, Nossa Senhora do Carmo, padroeira do Recife e da Província Eclesiástica de Pernambuco e berço inicial da devoção carmelitana nessas terras de Olinda, “de altos coqueiros” e grande amor por Ti, nossa Rainha! Salve!   

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Foto 1 - Basílica do Carmo do Recife
Foto 2 - Igreja do Carmo de Olinda - Casa-Mãe da Ordem Carmelita nas Américas 

sexta-feira, 12 de julho de 2013

CINEMA EM FERNANDO DE NORONHA


Assistir filmes era uma aspiração antiga das pessoas que viviam em Fernando de Noronha, fossem elas presas ou livres. Mas não havia cinema na ilha. Era sonho, apenas.

No centro da praça em frente à Igreja dos Remédios, um singelo chafariz tinha atravessado os tempos embelezando aquele pátio harmonioso, servIndo à população com a água que generosamente oferecia.

Esses dois elementos - aliados à urgência de gerar lazer em tempo de guerra – foram unidos, em plena vigência do Território Federal militar e do Destacamento Misto implantado na II Guerra Mundial, para oferecerem o lazer através da projeção de filmes, transformando-se o chafariz numa “cabine cinematográfica” e realizando-se o sonho de soldados e civis, com exibições ao ar livre, com todo o povo sentado no chão e na escadaria da igreja.

Um sucesso sem precedentes! Cerca de três mil “pracinhas” acotovelando-se por aquele espaço, separados apenas das poucas mulheres que restavam na ilha e das autoridades, esses guardados numa espécie de palanque, nas proximidades do antigo chafariz.

Isso tudo começou a acontecer a partir do dia 10 de julho de 1942. Era a realização do sonho de muitos, apesar da precariedade dos meios encontrados. Era também a mudança da destinação daquela edificação no centro da praça, que – finda a guerra – foi sendo deixada ao abandono, dela só restando atualmente o chão onde se erguia, agora sem nenhuma identificação, a não ser pelo milagre da fotografia, possível de ser contemplada, atualmente, no Memorial Noronhense, situado tão perto dessas evidências do passado.

Julho de 2013: 71 anos dos primeiros filmes exigidos em Fernando de Noronha. Hoje, apenas lembrança!