terça-feira, 27 de maio de 2014

TOMBAMENTO DE IGREJA DE N. Sª DOS REMÉDIOS – FERNANDO DE NORONHA


Principal templo católico de Fernando de Noronha, de construção iniciada em 1737, a Igreja de Nossa Senhora dos Remédios, em Fernando de Noronha, inspirou a denominação do principal forte aí construído e de toda a Vila dos Remédios, núcleo inicial do povoamento insular. E a Virgem dos Remédios foi tomada como padroeira do presídio desde 1768.

Em 1789 esse templo foi eclesiasticamente ligado à Paróquia de São Frei Pedro Gonçalves (Igreja da Madre de Deus), no Recife, como extensão da mesma, dependência que existe até os nossos dias. Foi alvo de muitas restaurações... Em 1891, a primeira. Em 1915, a segunda. Outra, menor, em 1919 (com mão de obra presidiária). E a última e fidedigna restauração aconteceu em 1988, sendo inaugurada pelo então Arcebispo Emérito de Olinda e Recife, Dom Helder Camara.

Apesar do reconhecido valor a ela dado, somente em 27 de maio de 1981 viria a ser tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN, sendo o segundo monumento a receber esse diferencial no arquipélago (o primeiro foi a Fortaleza dos Remédios, principal monumento do Sistema Fortificado erguido no arquipélago, considerado o maior do Brasil).

Situado no centro da Vila, majestoso e belo, esse templo viveu dias de abandono, apesar de ser uma das mais significativas atrações locais. E celebra hoje 33 anos de sua salvaguarda oficial, no tombamento talvez tardiamente merecido!  Ainda bem!!!



domingo, 25 de maio de 2014

O PASTOR DA PAZ - ALELUIA!



BISPOS EM ASSEMBLÉIA” – com esse título, no dia de hoje, 25 de maio de 2014, o Arcebispo Emérito de Maceió/AL, Dom Edvaldo Amaral, comenta o encontro do qual participou recentemente, em Aparecida do Norte. Ao final, encerrando o artigo, publicado no Jornal do Commercio do Recife, ele faz um comentário que reacende as esperanças de todos os “helderólogos” que reconhecem a fama de santidade que sempre acompanhou a vida de Dom Helder Camara, por tudo aquilo que ele fez em vida, em favor das minorias sofridas deste País e que lhe deu asas camufladas para ser reconhecido no mundo inteiro.



Diz ele: “... A notícia que empolgou muitos da Assembleia foi que nosso arcebispo, dom Fernando, consultou os bispos do Regional Nordeste II da oportunidade de pedir à Santa Sé a abertura do processo diocesano de beatificação de dom Helder Camara.

Aleluia!!! Enfim esse passo é dado e todos nós, que vivemos o privilégio de conviver com um santo de perto, podemos começar a entrar em sintonia com as milhares e milhares de pessoas que, pelas mais diversas razões, continuaram a amar e cultuar o inesquecível padre que viveu entre nós, enfrentou a opressão dos tempos difíceis, sem perder jamais a dimensão do homem, fosse o estado em que ele estivesse na vida.

Essa notícia, dada agora na 52º Assembleia Geral dos Bispos do Brasil, agita o nosso coração e aponta o rumo que pode ser tomado. 

Deus me permita viver até que isso aconteça!

quarta-feira, 14 de maio de 2014

A CACIMBA E O PADRE NA HISTÓRIA NORONHENSE



O lugar é especial: arborizado, de difícil acesso, muitas ruínas, com uma lenda que lhe justifica o nome - PRAIA DA CACIMBA DO PADRE. E o mar tão próximo e tão belo daquele lugar severamente vigiado no passado, para que ninguém, em tempos remotos e estando são, ousasse beber daquela que era a melhor água da ilha

Originalmente protegida de agressões e disponível apenas para os doentes, era o lugar de acesso ao mar, tendo como precioso “enfeite”, o lendário Morro dos Dois Irmãos, somente muito mais tarde descoberto para o Turismo de aventura, de praia e sol, inspirador de lendas que atravessaram os tempos.

A Cacimba tem identidade: foi feita em 1888, por presidiários recrutados pelo então Capelão do Presídio, Pe. Francisco Adelino de Brito Dantas. Ali perto ele morou, celebrou missas na pequena capela dedicada à Virgem da Conceição da Vila da Quixaba e providenciou a forma de guardar a excelente água que brotava, num espaço insular sem lençol freático e de córregos temporários.

Na imagem do final da década de 1930, ela estava protegida. Por causa dela, a praia, que se chamava - da Quixaba -, na Vila que tinha esse nome, passou a ser identificada com outra - e nova - denominação: Praia da Cacimba do Padre. E o Pe. Francisco Adelino imortalizou-se com ela.

Essa é uma das descobertas na história de Fernando de Noronha. Uma praia. Um capelão curioso e destemido. Uma fonte de saúde na água gaseificada. Uma nova identificação para a hoje chamada também “Praia dos surfistas”. E, depois disso, o abandono do local e a sua “quase” degradação em meio à quietude do lugar, por aqueles que tiveram, em tempos diversos, a obrigação de zelar pela patrimônio cultural tão importante... Pena

domingo, 11 de maio de 2014

DIAS DAS MÃES – REMINISCÊNCIAS...




Dia de saudade, de ação de graças pela mãe que tive e pela mãe que viria a ser, apesar dos erros e acertos cometidos por todos nós, os seres humanos.

Lembrar de Dona Dadá, a paraense pequenina, levada ao casamento em plena adolescência e mãe de muitos filhos e que, na vida, soube – principalmente – cumprir ordens (do marido, muito mais velho que ela e da mãe dominadora) e que, apesar disso, foi a ternura feito gente, a avozinha afetuosa quando chegaram os netos, a mulher de uma religiosidade nunca relegada, mesmo com as limitações impostas que enfrentou...

Lembrar o “anjo” que se achegou, sem ser anunciado, para ser uma “mãe” também – em todos os sentidos – e, mais tarde, uma avozinha doce como mel –  Vó Tosca – preenchendo todos os espaços que foram sendo esvaziados na saudade e sendo, ela mesma, uma saudade jamais superada...

Lembrar a chegada de cada filha, as diferenças evidentes entre elas, a luta profissional dura e constante, o “quase” remorso pelas horas roubadas ao convívio diário, no exercício dos compromissos docentes que eram tantos e tão diferenciados. E esse mesmo acúmulo de tarefas, em longos anos de pesquisas e de criação daquilo que viria a “causa da minha vida”: o resgate documental sobre Fernando de Noronha... Esse envolvimento foi tão forte que está registrado nos meus livros, pelo muito que me consumiu como pesquisadora e escritora, como um pedido de desculpas pelas ausências e pelas madrugadas que me obriguei a cumprir...  
 
Lembrar os netos que foram vindo, os pequenitos e as princesinhas, inaugurando uma fase nova de re-descobrir a maternidade, sem os sobressaltos e as dificuldades da juventude que ia indo embora...

Lembrar os DIAS DAS MÃES experimentados, as lembrancinhas singelamente feitas como tarefas escolares de cada uma das filhas, onde o amor se evidenciava como marca...

Que nesta comemoração eu esteja predisponha a continuar a agradecer, por tudo que Deus me fez desfrutar, nesse tempo que me foi dado! Amém.

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Foto 01 - Dadá e Alfredo (meus pais)
Foto 02 - Vó Tosca (uma vó "adotada
Foto 03 - Filhas e netos 

quinta-feira, 8 de maio de 2014

ESSAS MULHERES ESPECIAIS





Ela não é perfeita, nunca.
Como ser humano incompleto que é,
comete faltas, erra muito e sofre por isso...

É uma mulher, como todas as outras,
que mereceu o privilégio da maternidade
sabendo que isso lhe traria dores, até  inconfessadas...

Uma mulher que emprestou seu corpo
para gerar a vida, mergulhando no compromisso
de criar, amamentar, proteger e defender sua cria...

Uma mulher que vacilou tantas vezes,
sonhou muito a vida inteira
e quis imprimir sua “marca” no filho que mereceu receber.

Por isso, o DIA DAS MÃES, é realmente um dia especial,
feito de renúncias, de perdão, de compreensão
e, contraditoriamente, de festas e de profundo AMOR.

Dia de abraçar – desassombradamente – o filho,
compreendendo sua possível frieza ou seu calor humano,
seja qual quais forem as causas que surgiram...

Dia de lembrar o chegada desse pequenito,
preenchendo completamente o espaço para tal dado por Deus
e que só faz crescer pela vida inteira!

MÃES – vocês é que são as heroínas pela vida afora!!!

(No DIA DAS MÃES, em 2014)