terça-feira, 22 de novembro de 2016

DIA DA MÚSICA



Fazer música
é recriar a sonoridade do mundo...
É reter o tempo no som, na palavra. na harmonia
a emoção maior que transborda da alma
e se faz mensagem para sempre! 

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Homenagem a todos os que fazem Música 
e, por isso, são felizes!
 

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

A DELICIA DE FICAR MAIS VELHO CERCADO DE CARINHO



Que a gente vai envelhecer é inevitável... Perto de cada novo aniversário, essa reflexão chega novamente, como que avisando: “Cuidado... seu tempo está acabando...” Mesmo que cada um acredite realmente que envelhecer carrega no seu bojo uma certeza de acúmulo de experiência, de sabedoria, de lembranças e momentos preciosos, sabemos que algumas dificuldades virão e, fatalmente, surgirão tristezas que poderão abater o mais resignado dos “candidatos“ ao envelhecimento, esse tempo nos aponta também alegrias que vão sendo experimentadas, partilhas bem sucedidas que vão se multiplicando no emaranhado da vida, realizações sonhadas que nem acreditávamos que seriam alcançadas, nesse caminhar para o entardecer da existência

Ontem eu fiquei mais velha. Numa reflexão clara percebi que, na minha história, os momentos felizes, docemente partilhados, foram inumeráveis... Claro, também chegaram horas de incertezas, injustiças, lágrimas, tudo clareado pela presença da fé que me fez otimista até mesmo para enfrentar problemas de saúde com a certeza da recuperação, fossem quais fossem os riscos.

E, na comemoração dessa velhice que chegou, senti-me rodeada pelo carinho daqueles que não escondem nem disfarçam o quanto gostam de mim, apesar dos meus defeitos que também amadureçam, num lugar cheio de música de boa qualidade, cantando junto com o grupo musical que faz daquele lugar um refrigério de beleza e sonoridade – a Casa de espetáculos MANHATTAN CAFÉ THETRO – em Boa Viagem, eu tive mil razões para agradecer a Deus, pelo com da vida e aos que me rodeavam – filhas, netos, irmãs, sobrinhos, amigos de tempos diversos, todos vivendo a delicia de ouvir e interagir com a diversificada MÚSICA, despertando saudades do ambiente musical da minha infância e adolescência, cantarolando letras guardas na memória e no coração.

Valeu saber-se mais velha naquela “quase“ celebração da vida!!! Valeu o carinho ao redor e a certeza de merecer – talvez – muito mais do que mereço!!!  Deus seja louvado por todo isso!!!

         






UMA CORREÇÃO URGENTE

Na postagem feita em 15 de novembro de 2016, há uma data erroneamente registrada, a respeito da inauguração da Estação Radiotelegráfica da Marinha, em Fernando de Noronha. A data correta é 15 de novembro de 1910, e não 2010.   
 
Pedimos desculpas pelo engano e reapresentamos aqui o texto já corrigido.

Terça-feira, 15 de novembro de 2016


15 DE NOVEMBRO DE 1910
INAUGURADA A ESTAÇÃO RADIOTELEGRÁFICA DA  MARINHA

Localizada Planalto da Quixaba (ou da Sambaquixaba), em Fernando de Noronha, foi inaugurada - em  15 de novembro de 1910 - a ESTAÇÃO RADIOTELEGRÁFICA DA MARINHA, considerada, na época, a mais importante e de maior alcance do Brasil, sob a responsabilidade da Divisão Naval do Norte.

Na sua construção foi usada a mão de obra carcerária e recursos federais para ser erguida, só ficaria completamente pronta em 1911, com torres metálicas de 75m de altura, funcionando com um efetivo de dez radiolegrafistas, cinco suboficiais de máquinas, um carpinteiro e alguns prisioneiros habilidosos, contratados como empregados. Oferecendo serviços contínuos, graças ao revezamento de turmas, essa estação pioneira prestou serviços até nas transmissões do período da 1ª Guerra Mundial. 
 
Também seria de grande valia em 1922, mantendo comunicação à distância com a Ilha terceira, em Portugal, durante a travessia de Ggo Coutinho e Sacadura Cabral, na famosa “1ª travessia aérea do Atlântico Sul, na costa norte do Brasil.
 
Seu primeiro diretor foi Manoel da Silva Pereira, Suboficial Telegrafista e ao registrar aqui esse pioneirismo de Fernando de Noronha, anexo um emocionante texto de um neto daquele desbravador (Luiz Sérgio Vaz Pereira), que saiu em busca dos relatos que ouviu, pela vida afora, a respeito do difícil e valioso tempo de implantação da comunicação num lugar tão distante. São as suas doces recordações,e as fotos desse tempo, por ele chamadas de “Lembranças particulares de Noronha“   
 
LEMBRANÇAS PARTICULARES DE NORONHA
 
Na verdade, a minha ligação afetiva com “A Ilha” começou há quase vinte anos antes do meu nascimento em 1946.O fato gerador aconteceu por determinação do Estado-Maior da Armada, Marinha do Brasil, designando meu avô paterno, Manoel da Silva Pereira, Suboficial Telegrafista, para exercer as funções de Encarregado da Estação Radiotelegráfica da Marinha na Ilha de Fernando de Noronha, a partir da data de 20 de maio de 1927. E, assim, partiu ele e sua família, formada por minha avó, meu pai então com 5 anos de idade e minha tia, Neusa, contando três anos de nascida. 

Logo na chegada, por não haver ainda um porto formal na Ilha, as pessoas que lá iriam desembarcar eram transbordadas para embarcações menores e foi justamente aí que uma quase tragédia aconteceu. No momento do transbordo, minha avó ao se desequilibrar deixou a tia Neusa cair de seu colo, mergulhando nas águas claras do porto de Santo Antônio. Ato contínuo e até antes que o pânico se instalasse na família, um Oficial da Marinha, Tenente Ponciano, mergulhou salvando minha tia do afogamento. Esse Oficial, sempre lembrado como nosso herói, tornou-se um grande amigo do meu avô. 

Graças a pronta ação e a demonstração de amor ao próximo daquele militar, minha tia, mostrada na foto ao lado, pode aumentar em mais um o número de habitantes temporários do Arquipélago, conhecendo as maravilhas de Noronha, enquanto residia, por dois anos, no platô da Quixaba.

Foi lá que a Estação Rádio foi erigida, em 1910. Durante visita feita por mim ao local, em 2010, um século depois, pude ver a Capela de Nossa senhora da Conceição, uma das residências da Vila  que restou de pé e duas bases de pedra ainda existentes na margem da BR-363e que marcam o caminho de entrada para a Quixaba. Segundo informação de um habitante da Ilha, os dois blocos seriam as bases das antenas de recepção/transmissão da Estação.
 
Na foto abaixo, podemos ver a Estação Rádio dois anos depois do desembarque da minha família

N.A.: A foto  obtida no livro   “ A Ilha Maldita” do jornalista Amorim Netto (edição de 1930)
 
Outras lembranças me foram transmitidas, como, por exemplo, a auxiliar de cozinha de minha avó ter sido uma das detentas do Presídio, condenada por ter executado o marido infiel, no interior do Estado de Pernambuco, à golpes de machado! E cortava bifes na cozinha da vovó!
 
Ou ainda, a existência de outro prisioneiro, o “Mata-Velha”, alcunha recebida por ter assassinado uma idosa com um murro na cabeça, empregado como ajudante da Estação Rádio.De comportamento extravagante, escalava o mastro da antena, com cerca de 75 metros de altura, e lá permanecia por dias sem comer, sentado em uma base de apoio. Dessa forma, meditava quando se considerava muito aborrecido ou injustiçado.

 A foto do “Mata-Velha” abaixo foi obtida no livro   “ A Ilha Maldita” do jornalista Amorim Netto (edição de 1930).



 


 

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

340 ANOS DA CRIAÇÃO DA DIOCESE DE OLINDA



Hoje é um dia especial para Olinda e para Pernambuco. Há 340 anos era criada –  em 16 de novembro de 1676 - pela Bula Papal "Ad sacram Beatri Petri", a DIOCESE DE OLINDA, a 3ª diocese do Brasil, depois da Bahia e do Rio de Janeiro. O Titular dessa primeira paróquia foi o Santíssimo Salvador do Mundo e a singela igreja iniciada em 1540, em “taipa de mão e madeira”, viria a ser a Igreja da Sé, Catedral desse Bispado que começava.

Mais tarde, em 1910 essa Diocese iria se tornar Arquidiocese de Olinda e, em 1918, a ela se uniria o Recife, agora Capital, transformando-a na Arquidiocese de Olinda e Recife, título que tem até os dias atuais. A Catedral está em Olinda, na Igreja da Se e a có-Catedral está no Recife, na Igreja de São Pedro dos Clérigos. Nos dois templos acontecem – alternadamente - as celebrações oficiais da Arquidiocese.

São 340  anos de história eclesiástica. E o dia de hoje  - 16 de novembro – mais uma vez é lembrado por muita gente que valoriza as tradições de sua terra!

Que o Salvador do Mundo, padroeiro da Arquidiocese e de Olinda, nos abençoe a todos!


terça-feira, 15 de novembro de 2016

15 DE NOVEMBRO DE 2010

INAUGURADA A ESTAÇÃO RADIOTELEGRÁFICA DA  MARINHA

Localizada Planalto da Quixaba (ou da Sambaquixaba), em Fernando de Noronha, foi inaugurada - em 15 de novembro de 2010 - a ESTAÇÃO RADIOTELEGRÁFICA DA MARINHA, considerada, na época, a mais importante e de maior alcance do Brasil, sob a responsabilidade da Divisão Naval do Norte.

Na sua construção foi usada a mão de obra carcerária e recursos federais para ser erguida, só ficaria completamente pronta em 1911, com torres metálicas de 75m de altura, funcionando com um efetivo de dez radiolegrafistas, cinco suboficiais de máquinas, um carpinteiro e alguns prisioneiros habilidosos, contratados como empregados. Oferecendo serviços contínuos, graças ao revezamento de turmas, essa estação pioneira prestou serviços até nas transmissões do período da 1ª Guerra Mundial. 


Também seria de grande valia em 1922, mantendo comunicação à distância com a Ilha terceira, em Portugal, durante a travessia de Ggo Coutinho e Sacadura Cabral, na famosa “1ª travessia aérea do Atlântico Sul, na costa norte do Brasil.


Seu primeiro diretor foi Manoel da Silva Pereira, Suboficial Telegrafista e ao registrar aqui esse pioneirismo de Fernando de Noronha, anexo um emocionante texto de um neto daquele desbravador (Luiz Sérgio Vaz Pereira), que saiu em busca dos relatos que ouviu, pela vida afora, a respeito do difícil e valioso tempo de implantação da comunicação num lugar tão distante. São as suas doces recordações,e as fotos desse tempo, por ele chamadas de “Lembranças particulares de Noronha“   

LEMBRANÇAS PARTICULARES DE NORONHA

Na verdade, a minha ligação afetiva com “A Ilha” começou há quase vinte anos antes do meu nascimento em 1946.O fato gerador aconteceu por determinação do Estado-Maior da Armada, Marinha do Brasil, designando meu avô paterno, Manoel da Silva Pereira, Suboficial Telegrafista, para exercer as funções de Encarregado da Estação Radiotelegráfica da Marinha na Ilha de Fernando de Noronha, a partir da data de 20 de maio de 1927. E, assim, partiu ele e sua família, formada por minha avó, meu pai então com 5 anos de idade e minha tia, Neusa, contando três anos de nascida. 

Logo na chegada, por não haver ainda um porto formal na Ilha, as pessoas que lá iriam desembarcar eram transbordadas para embarcações menores e foi justamente aí que uma quase tragédia aconteceu. No momento do transbordo, minha avó ao se desequilibrar deixou a tia Neusa cair de seu colo, mergulhando nas águas claras do porto de Santo Antônio. Ato contínuo e até antes que o pânico se instalasse na família, um Oficial da Marinha, Tenente Ponciano, mergulhou salvando minha tia do afogamento. Esse Oficial, sempre lembrado como nosso herói, tornou-se um grande amigo do meu avô. 

Graças a pronta ação e a demonstração de amor ao próximo daquele militar, minha tia, mostrada na foto ao lado, pode aumentar em mais um o número de habitantes temporários do Arquipélago, conhecendo as maravilhas de Noronha, enquanto residia, por dois anos, no platô da Quixaba.

Foi lá que a Estação Rádio foi erigida, em 1910. Durante visita feita por mim ao local, em 2010, um século depois, pude ver a Capela de Nossa senhora da Conceição, uma das residências da Vila  que restou de pé e duas bases de pedra ainda existentes na margem da BR-363e que marcam o caminho de entrada para a Quixaba. Segundo informação de um habitante da Ilha, os dois blocos seriam as bases das antenas de recepção/transmissão da Estação.

Na foto abaixo, podemos ver a Estação Rádio dois anos depois do desembarque da minha família


N.A.: A foto  obtida no livro   “ A Ilha Maldita” do jornalista Amorim Netto (edição de 1930)

Outras lembranças me foram transmitidas, como, por exemplo, a auxiliar de cozinha de minha avó ter sido uma das detentas do Presídio, condenada por ter executado o marido infiel, no interior do Estado de Pernambuco, à golpes de machado! E cortava bifes na cozinha da vovó!


Ou ainda, a existência de outro prisioneiro, o “Mata-Velha”, alcunha recebida por ter assassinado uma idosa com um murro na cabeça, empregado como ajudante da Estação Rádio.De comportamento extravagante, escalava o mastro da antena, com cerca de 75 metros de altura, e lá permanecia por dias sem comer, sentado em uma base de apoio. Dessa forma, meditava quando se considerava muito aborrecido ou injustiçado.

 A foto do “Mata-Velha” abaixo foi obtida no livro   “ A Ilha Maldita” do jornalista Amorim Netto (edição de 1930).