quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

1938 – A ILHA TRANSFORMADA EM PRESÍDIO POLÍTICO


Desde o século XVIII Fernando de Noronha tinha abrigado um Presídio Comum, recebendo homens condenados a longas penas para cumprir seu castigo no isolamento do Atlântico, sendo a mão-de-obra improvisada para todos os serviços. A maioria desses muitos homens e poucas mulheres era de Pernambuco. Até então costumavam ser enviados alguns presos por razões políticas, até mesmo pessoas notáveis envolvidas em problemas dessa natureza. Até os revoltosos da Farroupilha, no Rio Grande do Sul, tinham sido mandados para lá.
 
Pois em 25 de agosto de 1938 o Ditador Getúlio Vargas requisitou o Arquipélago para nele instalar um Presídio Político, para abrigar os presos comunistas, aliancistas e integrallistas, A ordem era taxativa: a maioria dos presos comuns seriam retirados, ficando na ilha aqueles que fossem indispensáveis para os serviços essenciais, como pescadores, agricultores, trabalhadores para as oficinas instaladas ali, etc. A avaliação das condições para receber esses presos indicava que até 600 pessoas poderiam ser mandadas. Ocupariam a Aldeia dos Sentenciados, o Alojamento de Presidiários da Vila da Quixaba, a Fortaleza dos Remédios, as casas da Vila Três Paus, etc.

Bem mais de 600 homens foram enviados. Trabalharam na Fábrica de Blocos de Cimento, na construção de novas casas e de um alojamento para presos na Vila do Trinta.Permaneceram ali até 1942, quando foram transferidos para a Ilha Grande. Um longo tempo reunindo homens valiosos confinados, como Gregório Bezerra, Agildo Barata Ribeiro, Carlos Marighella, Diógenes Magalhães e muitos outros. Difíceis tempos para um ligar tão especial, usado como local de segregação e abandono...         
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Foto: presos políticos em atividade de educação física. à frente, Gregório Bezerra.

domingo, 22 de janeiro de 2017

OCUPAÇÃO DA ÁREA DO BOLDRÓ PELOS AMERICANOS EM 1957



Em 21 de janeiro de 1957 era assinado o Acordo entre o Brasil e os Estados Unidos da América para a implantação, em Fernando de Noronha, do Posto de Observação de Misseis Teleguiados - POT. Na época, o Arquipélago era um Território Federal, administrado pelo Exército, sob a jurisdição da 7ª Região Militar, sediada em Pernambuco. E o Presidente Juscelino Kubitschek foi ao Arquipélago para a deflagração dessa ação especial.  

Por troca de notas, definia-se a construção, na ilha, de instalações para o acompanhamento de projeteis teleguiados, sendo ali o 11º POT entre o Cabo Canaveral e a Ilha de Ascensão, providência que seria tomada para todas as ilhas do percurso definido. O objetivo era a defesa mútua dos países e a defesa do Continente, especialmente a partir do Tratado Interamericano de Assistência Recíproca, firmado no Rio de Janeiro, em 1947, onde era admitido que haveria parceria e colaboração dos Governos para a defesa do Continente americano, ajustando a construção, na Ilha Fernando de Noronha, de instalações de natureza eletrônica, relacionadas com o acompanhamento de projeteis teleguiados, a serem construídas por especialistas e técnicos norte-americanos assistidos por especialistas e técnicos brasileiros.

Foi essa a 2ª presença americana em Noronha, anos depois da primeira presença na II Guerra Mundial, quando os soldados americanos ocuparam a área entre a Baía Sueste e o caminho para a Praia de Atalaia. Agora, a área escolhida fora o Boldró, hoje contida, em sua maioria, no PARNAMAR/FN. No local surgiram espaços construtivos diferenciados e parte deles veio a ser usado por militares que serviam na ilha, após a saída dos seus ocupantes estrangeiros.  

Havia a indicação de que os e técnicos norte americanos designados para os trabalhos seriam gradativamente substituídos por técnicos brasileiros em comum acordo e as construções e benfeitorias feitas na ilha seriam incorporadas ao patrimônio do Brasil, ao final da cooperação, inicialmente previsto para cinco anos.

O POT foi extinto em 1965. As construções para abrigar os serviços e os alojamentos – apelidados de “iglus“, pela sua forma arredondada de cobertura - foram ocupados para vários fins, inclusive pelos que iniciaram o TAMAR e vários foram avariados, incendiados e/ou demolidos, perdendo-se parte dessa memória construtiva importante na história insular. Pena!  .

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

NO DIA MUNDIAL DO RISO



Hoje é o DIA MUNDIAL DO RISO. E dizem que Rir é o melhor remédio para tudo!”... Será mesmo?

Faz tempo que, lendo a tradução de poemas chineses, encantei-me com um que falava exatamente nisso – no sorriso - de forma bela e indicadora de mudanças no coração, quando a gente ri.

Não me lembro do título do poema. Mas jamais deixei de recordá-lo, até mesmo para alunas a caminho do Magistério, sugerindo que, no seu desempenho como professora, jamais deixassem de sorri sempre; por qualquer razão, para ensinar com mais alegria.

Eis o poema:

 O homem que não sabe sorrir
Não deve abrir uma loja...
Um sorriso não custa nada
Mas cria muito coisa.
Dura um só momento
Mas sua lembrança perdura pela vida afora, talvez.

Não se pode comprá-lo, mendigá-lo,
pedi-lo emprestado ou roubá-lo.
 E não tem valor, quando não é dado.

Por isso, se no teu caminho,
Encontrares uma pessoa
Por demais cansada para sorrir
Deixa-lhe o teu
Pois ninguém precisa tanto de um sorriso
Do que aquele que já não tem sorrisos para oferecer!!!