Só o homem pratica - com os outros homens -
relações de trabalho, de lazer, de celebração.
Só ele dança, festeja, troca experiências,
comemora, reza, experimenta alimentos
e isso tudo significa vida, partilha, felicidade.
Gregário por natureza, o homem cria, recria,
inventa, comunica, descobre, participa,
celebra no seu dia-a-dia, ou coletivamente.
corre atrás do novo e das práticas antigas
para tornar mais rico o seu viver...
Só o homem faz da perda um motivo
para estreitar relações com o Eterno,
para despedir-se dos que pareciam indispensáveis,
olhando-os como embaixadores que foram embora,
e serão eternamente intercessores...
Só o homem inventa lendas fantásticas,
produz o que lhe está fazendo falta,
sonha com que ainda não existe,
luta para dar-lhe vida e
aparência concreta,
como parte de um grande e permanente desafio...
Só o homem descobre - no imaginário -
a materialização das práticas populares
no canto, na reza, na dança, nas
trocas.
porque só ele – e todos os outros homens -
tem do Criador o poder de se
reinventar sempre!
(No DIA DO FOLCLORE – em 2017)
MARIETA