quarta-feira, 30 de maio de 2018

MARIA - A SENHORA DOS MIL TÍTULOS


Uma abordagem diversificada sobre MARIA,
a Mãe de Deus, chamada de muitas maneiras, através dos tempos,

De muitas maneiras ela é invocada... Em todas as partes do mundo e através dos tempos, as devoções a Maria se multiplicaram, se diversificaram, fazendo surgir devoções que foram sendo estimuladas, comemoradas, fervorosamente chamadas, sempre tendo como razão do surgimento a figura de uma mulher, que “as gerações haveriam de chamar bem-aventurada”.
A menina singela de Nazaré, dócil e submissa aos pais e às crenças deles herdadas, é surpreendida por um anjo que anunciava ter sido ela escolhida para ser a Mãe de Deus, aquela de quem falavam os textos sagrados, através da qual a Salvação chegaria ao mundo. Mesmo tão jovem, ela não vacilou no seu “sim”, submetendo-se inteiramente aos planos de Deus e assumindo aquela gravidez inesperada, com todos os temores que isso poderia despertar, por ser prometida em casamento, mas não coabitando com o escolhido, o carpinteiro José.
Daí em diante a história foi sendo cumprida. Prestes a dar a luz, ela precisou deslocar-se para Belém, enfrentando os sacrifícios dessa penosa viagem. Por causa da fúria de um imperador apavorado pela possível chegada de um “rei-menino” ao mundo, ela teve de fugir para o Egito. Em silêncio, ela criou aquele Menino no silêncio do seu lar em Nazaré, provavelmente auxiliando o pai adotivo no seu ofício. E, com José procurou por toda a parte aquele Menino especial, desgarrado deles aos 12 anos. Em Cana, ela intercedeu, providencialmente, provocando o surgimento do primeiro milagre do seu Filho-Redentor. Finalmente, ela O seguiu até o Calvário, permanecendo de pé, junto à Cruz, como um símbolo de dor, de fortaleza e de amor supremo. E ainda aceitou receber toda a humanidade como “filha do seu coração” na entrega feita por Jesus, pouco antes de morrer.
Depois da ressurreição do seu Filho, ela – MARIA – estava também no cenáculo, no momento em que o Espírito Santo soprou sobre aqueles homens cheios de medo. E, chamada ao céu, seu corpo não haveria de ser corrompido, porque abrigara um Deus dentro de si, mas levado – íntegro – para o Pai.
Toda essa vida de absoluta dedicação e ternura foi causa e inspiração de devoções que passaram a titularizar Maria, chamando-a com nomes diferentes, de acordo com a vida que levou, as dores que sofreu, a ida para o céu, a proteção que continuou a dar aos homens. E assim surgiram denominações em cada canto do mundo...
Algumas dessas são chamadas “aparições apócrifas”, isto é, de autenticidade duvidosa ou suspeita, ou não reconhecida pela Igreja, como N.Sª. do Pilar, no Século I; N.Sª. da Correia e N.Sª. das Neves, no século IV; N.Sª. da Cisterna e N.Sª. de Treviso, no século XI; N.Sª. das Mercês e N.Sª. dos Pestíferos, no século XII; N.Sª. dos Campos e N.Sª. de Veruela, no século XIII; N.Sª. das Flores e N.Sª. de Héas, no século XIV; N.Sª. da Luz, N.Sª. dos Cárceres, N.Sª. da Cruz, N.Sª. da Pedra, N.Sª. do Horto, N.Sª. do Perpétuo Socorro, no século XV; N.Sª. de Pietá, N.Sª. da Misericórdia, N.Sª. dos Prazeres, no século XVI; N.Sª. da Renda, N.Sª. da Abundância, N.Sª. de Coromotto e N.Sª. de Taferi, no século XVII; N.Sª. das Lages, N.Sª. do Poço, N.Sª. da Ilha da Madeira, N.Sª. dos Remédios, no século XVIII; N.Sª. da Estrela, no século XIX; N.Sª. das Rosas, N.Sª. de Sevilha, N.Sª. da Natividade, N.Sª. de Todos os Povos e N.Sª. do Livramento, no Século XX...

Da ladainha feita para louvá-la e das intercessões feitas aos homens surgiram títulos repletos de fervor, como Arca da Aliança, Porta do Céu, Advogada dos Pecadores, Alegria dos Anjos, Auxílio dos Cristãos, Mãe Santíssima, Imaculada Conceição, Mãe de Misericórdia, Rainha dos Mártires, Senhora do Universo, “Tota Pulchra”, N.Sª. da Confiança, N.Sª. Esposa Imaculada, N.Sª. do Espírito Santo Adorável - N.Sª. Mãe Rainha Três Vezes Admirável, N.Sª. da Rosa Mística, N.Sª. da Conceição.

Também a religiosidade popular passou a chamá-la de formas diferentes, fazendo surgir invocações, como N.Sª. Aparecida do Brasil, N.Sª. da Ajuda, N.Sª. dos Agonizantes, N.Sª. da Apresentação, N.Sª. do Amparo, N.Sª. dos Anjos, N.Sª. de Copacabana (Mãezinha da Candelária). N.Sª. da Graça (dada por Caramuru), N.Sª. do Boi, N.Sª. da Guia, N.Sª. dos Impossíveis, N.Sª. dos Navegantes, N.Sª. de Nazaré, N.Sª. do Ó, N.Sª. Desatadora dos Nós, N.Sª. da Paz, N.Sª. da Penha, N.Sª. de Sion, N.Sª. da Soledade, N.Sª. da Paz / N.Sª. da Penha / N.Sª. dos Navegantes, N.Sª. da Boa Viagem, N.Sª. do Amparo, N.Sª. Auxiliadora, N.Sª. da Guia, N.Sª. da Glória, N.Sª. de Nazaré, N.Sª. da Saúde, N.Sª. da Boa Nova, N.Sª. da Fé, N.Sª. da Lampadosa, N.Sª. do Brasil, N.Sª. das Dores, entre tantas. Muitas vezes, os títulos se sucediam, louvando Maria de uma mesma forma, mas com nomes diversos, como N.Sª. da Saúde, dos Enfermos, dos Remédios, que cultuam Maria como a “protetora dos doentes”.

Em todos os tempos, Maria apareceu a pessoas simples, dando “recados” de mudança de vida, de conversão, quase sempre em momentos de conflitos. Algumas dessas aparições são consideradas “autênticas”, com comprovação eclesiástica, após estudos e avaliações cautelosas. É o caso de N.Sª. do Carmo (no séc. XIII), N.Sª. de Guadalupe (no séc. XVI), N.Sª. das Graças (no séc. XIX), N.Sª. de Lourdes (no séc.XIX) e N.Sª. de Fátima (no séc. XX). Outras aparições, por não terem comprovações, são classificadas como “aparições apócrifas”, como N.Sª. da Luz (no séc.XV) e N.Sª. de Medjugore e N.Sª de Cimbres (no séc. XX)

Já são mais de mil formas de chamar Maria... Para cada devoção foi definida uma iconografia diferenciada que - à figura da Mulher – acrescentaram-se anjos, nuvens, coroas, mantos esvoaçantes, escapulários, raios em muitas direções e, principalmente, o divino Filho nos braços, pequenino, rechonchudo, abraçado a ela e sendo por ela amparado... Para cada devoção criaram-se orações, definiram-se dias de culto, tomaram-na como Padroeira... E, como ela mesma reconheceu, no “Magnificat”, através desses mais de dois mil anos, o mundo continua a chamá-la BEM-AVENTURADA, louvando-a com o coração cheio de esperança, como uma Mãe verdadeira e vigilante, a quem sempre se pode recorrer, aliviando o peso das dificuldades da vida.
Salve o mês de Maio que te homenageia , ó Mãe!!!
Salve Maria, cheia de graças! Amém.

sábado, 12 de maio de 2018

O QUE SIGNIFICA SER MÃE?







Silhueta, Criança, Mãe, Filha, Pai






Poetas em todos os tempos

acreditaram que poderiam explicar

a magia que a palavra MÃE encerra:

poucos se arriscaram a fazê-lo;

alguns empenharam-se nessa busca;  

muitos não o conseguiram nunca...



Afinal, por que?



Porque as mães parecem estar

bem acima das outras mulheres,

como se fossem privilegiadas

ao gerar filhos, criá-los para o  bem

 e passarem a vida toda

querendo abrigá-los em seu regaço?



Porque as mães devem ser mesmo

seres iluminados por Deus,

ou disfarçados anjos em prontidão,

preparados para apoiar os filhos

na partilha ou na solidão,

de forma gratuita e carinhosa ...



Porque as mães – todas elas –

foram inventadas pelo Criador

como ajudadoras especiais Suas,

a serviço da sublime tarefa

de criar homens e mulheres    

para o amor, para a vida...



Que bom que elas existem

e que a gente pode agradecer sempre

por isso, pela vida toda!!!

Abençoadas sejam todas elas!!!

Amém! Amém! Amém!

Aleluia! Aleluia! Aleluia!



(Para o DIA DAS MÃES, em 2018)