
O local escolhido foi
o Boldró, exatamente na região onde, em 1957,
os americanos se instalaram no Posto de
Observação de Mísseis Teleguiados, após ser firmado o Acordo entre o Brasil
e os Estados Unidos da América, dando a eles o direito de se estabelecerem
novamente em Fernando de Noronha por cinco anos, para trabalharem o seu programa de foguetes. A primeira
ocupação americana tinha sido no período da 2ª Guerra Mundial.
Na época, montou-se uma superfície controlada
em mapa, partindo da Flórida (base de lançamento) até a Ilha de Ascensão (no
Atlântico Sul). Entre um ponto e outro, 12 estações de controle acompanhariam a
trajetória dos projéteis. Nesse estudo, a
11ª estação foi a ilha brasileira de Fernando de Noronha, situada na rota
dos teleguiados americanos. O Posto era
o penúltimo dos sistemas, através de 8.000Km e acompanhava o percurso dos
projéteis ao longo do percurso, lançados de Patrick Field, no Cabo Canaveral
(hoje, Cabo Kennedy), sob a fiscalização do COPRONE (Comissão de Projetos do
Nordeste).

Foi essa fantástica área - preparada na década
de 1950/60 - que, ocupando 8.000m² e que pertencente
a Pernambuco, que acolheu
a recente instalação da Usina Solar
Noronha II, deixando de funcionar como captadora de água de chuva para gerar energia, aliviando a dificuldade de fornecimento de luz para o Distrito
Estadual, minimizando custos até com diminuição do óleo diesel como
combustível, como era feito desde 1980.
Um grande passo atual para a melhoria da
energia no espaço insular e um aproveitamento de uma contribuição americana
feita em meados do século passado, como registra a história noronhense.
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Fotos:
- A placa captadora da água da chuva construída pelos americanos na década de 1950. Acervo do “Programa de Resgate Documental sobre F. Noronha”
- A adaptação atual para gerar energia. Acervo: Diário de Pernambuco.
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