A
noticia é alvissareira: o Ministério da
Cultura, por meio do Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN, homologou, dia 06 deste
mês de setembro - o tombamento do Conjunto Histórico do Arquipélago de Fernando de Noronha,
em Pernambuco. Isso permite que algumas das fortificações (do sistema
fortificado que era constituído de dez fortificações) e o Conjunto Urbano da Vila dos Remédios (núcleo inicial de
ocupação no século XVIII), inclusive indo algumas de suas edificações
históricas, passam a ser Patrimônio
Cultural do Brasil.
Com
isso o ministro da Cultura, Sérgio Sá
Leitão- responsável pelo ato de homologação – considera que o tombamento assegura
a proteção do conjunto, afirmando que, “mais
do que um reconhecimento, é uma medida que visa preservar e promover uma região
importante do ponto de vista histórico, cultural, ambiental e turístico. Caberá
ao Iphan zelar pelo tombamento. Viva Fernando de Noronha!”.
Integram
o Conjunto Histórico do Arquipélago de Fernando de Noronha:
- Quatro exemplares do Sistema Fortificado implantado no século XVIII na ilha, composto pelos Fortes de Santo Antônio, de Nossa Senhora da Conceição, de São Pedro do Boldró e o Reduto de Santana;
- o Conjunto Urbano da Vila dos Remédios, incluindo a antiga Aldeia dos Sentenciados da colônia prisional e o Centro urbano do povoamento da ilha;
- os bens isolados: a Vila da Quixaba, a Capela de São Pedro dos Pescadores, e o Prédio da Air France que resta da ocupação na década de 1920;
- e um “iglu” do antigo Posto de Observação de Mísseis Teleguiados, testemunho da segunda presença Americana na Ilha, entre 1957 e 1965.
A
homologação efetiva a inclusão das obras no Livro do Tombo – inscrição
definitiva de um bem – assegura o
reconhecimento de seu valor histórico e cultural.
Aprovado
pelo Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural em 22 de junho deste ano, o
tombamento do Conjunto Histórico de Fernando
de Noronha marcou o fim de um longo processo de identificação dos bens
notáveis da ilha, feita por meio de um diálogo conduzido pelo Iphan com a
comunidade do arquipélago, além de representar um marco importante nas
comemorações dos 80 anos do Iphan.
Todas as cautelas são bem-vindas para salvar esse
patrimônio especial, para que seja essa exemplaridade a razão da salvaguarda do
que ainda resta.
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Imagem:
Aldeia dos Sentenciados./
Prisioneiros respondendo a chamada
matinal-
Arquivo: Genaro Pinheiro.
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