No
artigo 1º do Decreto nº 47, daquela data dizia-se: Fica à disposição do
Governo Federal, a titulo precário, a Ilha de Fernando de Noronha. Terminava o longo Presido Comum, que durara 201 anos
e era Requisitada a Ilha de Fernando de Noronha pelo Governo Federal,
para aí implantar o Presídio Político oficial, reunindo no arquipélago
aliancistas, integralistas e comunistas.
A documentação existente dá conta ter havido uma
sessão a título precário do arquipélago
à União e, para isso, acertava-se uma indenização de dois mil contos de
réis para a construção da Ponte Getúlio
Vargas (unindo a ilha de Itamaracá ao continente) e da Colônia
Agrícola de Itamaracá, onde seria desenvolvida a cultura de
hortaliças, fructas e cereaes para o
abastecimento da capital (Recife).Meses mais tarde (em 23 de
julho de 1938) a Ilha
de Fernando de Noronha estava em condições de ser definitivamente
entregue.
E a ilha deixou de ser pernambucana, para se
transformar num local oficialmente destinado a abrigar presos políticos. Isso
não significou que todos os presos comuns tenham sido transferidos. No Processo Pernambuco 25/1938, explicava-se que todas as providências para a entrega tinham sido tomadas e que tinham ficado na ilha apenas funcionários
administrativos e 265 detentos necessários aos trabalhos de conservação
dos prédios, estradas, lavouras e gado. O 1º Tenente Coronel Victorio Caneppa,
Diretor da Casa de Correção do Distrito Federal, foi o escolhido para receber -
do Governo de Pernambuco - o arquipélago com seus bens móveis e imóveis e
semoventes.

Em 1942, esses presos políticos foram transferidos para a Ilha Grande. Agora seria a vez da ilha ser transformada num Destacamento Misto da II
Guerra Mundial.
Mais
isso é outra história...
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Fotos:
Presos políticos em momento de lazer
Prisioneiro Agido Ribeiro e o Teatro que criou, durante a prisão.
OBS: (acervo original: Agildo Ribeiro Filho)
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