
quarta-feira, 28 de dezembro de 2011
sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
O TEMPO ESPECIAL DO NATAL

Nada é comum nesse tempo... As ruas se enfeitam. As luzes tornam mais belos os espaços urbanos. Através de janelas e sacadas pode-se entrever um mundo de detalhes coloridos, enriquecidos pela criatividade que faz nascer a fantasia em forma de beleza.
Isso é o Natal. Isto é a exteriorização de um sentimento de plenitude que a tudo permeia, engalanando o mundo e despertando sentimentos de paz e de solidariedade.
Pena que, nesse frenesi estimulado pelo consumo desenfreado e, ao mesmo tempo, guiado pela ternura que se derrama nas ruas e praças e que nasce também no nosso coração, vá conduzindo as pessoas para o terreno meramente material, fazendo com que o fato dominante do Natal seja esquecido ou minimizado, perdendo muita gente o sentido cristão que o caracteriza e que se faz verdade na representação do PRESÉPIO, forma concreta de representar o nascimento do Menino Deus.
A inquietação começa quando se torna claro que aquele Deus pequenino nasceu pobre, num lugar improvisado, cercado de singeleza e de mistério. Havia uma mulher grávida, prestes a dar a luz. Protegendo-a, um homem mais velho, cansado da caminhada inglória que não os levara a nenhum dos lugares esperados e sim a um estábulo, onde animais comiam. Não havia tempo para procurar mais...
É o evangelista São Lucas que nos fala daquela noite misteriosa, incluindo na cena o sobrenatural, representado pelos Anjos que entoam louvores e pedem PAZ. É ele também que descreve os pastores que, surpreendentemente, enfrentavam o frio dos campos da região e acabam por representarem o povo – daquele momento e dos séculos sem fim – prestando suas homenagens ao Menino recém-nascido.
O Filho de Deus fora anunciado, através dos séculos. Para a maioria dos que acreditavam na promessa do Redentor que chegaria, ele viria reinar, salvando o seu Povo da escravidão. Mas ele chega como um paradoxal momento histórico, inaugurando o novo momento, pequenino, indefeso, dependente, como qualquer criatura humana, semelhante em tudo a ela, menos no pecado.
Bendito tempo que reaparece a cada dezembro, na lembrança dos que esperam que o Cristo renasça novamente em nós, na nossa vida, no nosso mundo tão carente de amor!... Bendito dezembro nos amolece a alma, deixando-nos ansiosos para re-acreditar que a PAZ AINDA É POSSÍVEL, como apregoaram os anjos naquele estábulo em Belém e que nos levam a repetir esse presságio de esperança e de sonho! Bendito Natal que chega!
Que ele venha para nos fazer mais felizes e mais humanos. E que possamos crer que “no coração daquele que cumpre sua parte na vida, o Cristo nasce todo dia!!!
terça-feira, 13 de dezembro de 2011
NO NATAL DE 2011

QUEM DERA!!!
Quem dera
que ainda houvesse tempo
para o homem continuar a sonhar
com um mundo mais justo e mais humano...
Quem dera
que a esperança resistisse
e os homens se ajudassem,
sem reservas nem desconfianças...
que o bem prevalecesse sempre,
apesar do egoísmo desenfreado
que impede o desabrochar da solidariedade...
Quem dera
que a luz interior que sobrevive
no coração de cada um,
ainda pudesse brilhar, iluminando tudo...
Quem dera
que a felicidade fosse uma conquista de cada dia,
tornando melhor a humanidade
e mais fecunda e fértil a vida...
Quem dera
que o Natal fosse de certezas e de doçuras,
de trocas constantes e de partilhas experimentadas,
de coragem de mudar e de seguir em frente, sempre!
Quem dera, ah!
Quem dera um Natal mais feliz para o mundo inteiro
e um Ano Novo de promessas e de buscas,
na direção do alto, à procura de Deus!
(no Natal de 2011)