
Nem a Licenciatura em Geografia na UFPE, nem a Pós-Graduação
em Turismo na FESP (hoje, UPE) foram o bastante para o irrequieto menino... Adolescente,
já se apresentava com o seu primeiro conjunto musical: o Trio Uiarapuru, junto com a irmã pianista. Adelina Borges e um
colega também violinista, Luiz Marques... E seguiu diversificando sua
habilidade, dominando diversos instrumentos de corda e percussão, tendo atuado
como contrabaixista, guitarrista, vibrafonista e pianista em orquestras de
Pernambuco, do Ceará e do Amazonas e como cantor e instrumentista, até
decidir-se por criar e conduzir a sua “Banda
Tropical”, deliciosa, tendo com ela excursionado pelo Brasil e pelo
exterior e tocado em bailes memoráveis em sua terra.
Professor da Rede Estadual de Educação
(Escola Marcelino Champagnat e Centro Interescolar Almirante Soares Dutra) e
professor e coordenador no Centro de Estudos Supletivo Waldemar de Oliveira, atuou
também como professor universitário na FUNESO, em surpreendentes aulas de
Geografia, disciplina que tanto amava!
Carnavalesco desde a infância, fez do
Carnaval do Recife a sua grande paixão, conduzindo os mais famosos bailes nos dias
de folia, nos clubes sociais da cidade. Chegou a enfrentar a maratona de não
deixar acabar a festa, invadindo a 4ª feira de cinzas com sua orquestra em um
Clube, rivalizando-se com outras, em outros clubes, numa prova de resistência e
amor ao Carnaval de sua terra. Orquestrou e apresentou séries de músicas “do ano todo”, adaptadas em ritmo de
frevo, fazendo delirar plateias inteiras, que amavam a sua atuação. Sua
orquestra e seu entusiasmo costumavam conduzir o Galo da Madrugada, no 1º
carro, animando os milhares de admiradores daquele clube e, a partir de 1996,
criou e consolidou a festa “Esperando o
Galo”, na ponte Duarte Coelho, em frente à Av. Guararapes, tocando e
animando a multidão postada à espera do famoso clube. Com o mesmo entusiasmo criou
e consolidou a promoção “Dançando na rua”,
que fez das ruas do Recife antigo um grande clube ao ar livre, onde todos
podiam dançar livremente.
Com sua orquestra participou de muitos
“Voos do Frevo”, levando o ritmo
pernambucano ao Japão, aos Estados Unidos e a vários países da Europa,
contagiando aqueles que tinham a oportunidade de ouvi-la. E o grande líder da
Banda era, realmente, o maestro, que tinha o dom da oratória e o carisma de um
verdadeiro líder.

Em 2003, por iniciativa da Câmara de
Vereadores do Recife, a Escola Municipal de Frevo passou a chamar-se ESCOLA MUNICIPAL DE FREVO MAESTRO FERNANDO
BORGES, homenageando esse carnavalesco que marcou sua trajetória pela alegria
e competência em Pernambuco.
E lembramos dele especialmente hoje, neste
dia 24 de abril, data do seu aniversário!