
Pois em 25 de agosto de 1938 o Ditador Getúlio Vargas requisitou o Arquipélago
para nele instalar um Presídio Político,
para abrigar os presos comunistas, aliancistas e integrallistas, A ordem era taxativa: a maioria dos presos comuns seriam retirados, ficando na ilha
aqueles que fossem indispensáveis para os serviços essenciais, como pescadores,
agricultores, trabalhadores para as oficinas instaladas ali, etc. A avaliação
das condições para receber esses presos indicava que até 600 pessoas poderiam ser mandadas. Ocupariam a Aldeia dos Sentenciados,
o Alojamento de Presidiários da Vila da Quixaba, a Fortaleza dos Remédios, as
casas da Vila Três Paus, etc.
Bem mais
de 600 homens foram enviados.
Trabalharam na Fábrica de Blocos de Cimento, na construção de novas casas e de
um alojamento para presos na Vila do Trinta.Permaneceram ali até 1942, quando foram transferidos para a
Ilha Grande. Um longo tempo reunindo homens valiosos confinados, como Gregório
Bezerra, Agildo Barata Ribeiro, Carlos Marighella, Diógenes Magalhães e muitos
outros. Difíceis tempos para um ligar tão especial, usado como local de
segregação e abandono...
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Foto: presos políticos em atividade de educação física. à frente, Gregório Bezerra.