Quem é que balança
as cadeiras, gingando,
ao som do batuque,
ouvindo o ganzá?
Quem é que acende
o fogo de lenha?
Quem come pamonha,
quem faz munguzá?
Quem é que o barro
amassa com jeito,
fazendo boneco
que só falta falar?
Quem é que, trançando
o fio, a corda,
prepara os cestos,
faz os caçuá?
Quem é que, cantando,
cuida do trabalho?
Quem nina os filhos
e na “roda” girou?
Quem é que, com ervas,
cura as feridas?
Quem é que com cera
promessas pagou?
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É ele, o homem
do povo, da gente,
que a sabedoria
assim conservou.
É ele, o homem,
o bom brasileiro que,
sem o saber,
o folclore guardou!
Publicado no livro “Cantando o amor o ano inteiro”, Ed. Paulinas, 1986)
Um comentário:
daria uma boa musica!
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