Naufrágios ocorreram, por imperícia, fragilidade das embarcações, obstáculos no percurso... Na história noronhense, eles se sucederam, registrados em correspondência oficial ou até sem qualquer evidência.
1. O 1º naufrágio (também, o 1ª do Brasil): a nau capitoa da 2ª Expedição Exploradora, comandada por Gonçalo Coelho, em 10 / 08 / 1503, chocou-se com um escolho (“pedras secas” ou “Espigões”). Coube a Américo Vespúcio abrigar-se na “ilha maravilhosa” que avistava e nela recolher a gente desgarrada.
2. Em 1629,foram dois afundamentos propositais de barcos holandeses que se haviam apoderado da ilha, um no porto de Sto. Antônio e um na praia do Boldró, ambos feitos pela expedição enviada para tentar expulsá-los.
3. Em 1838, próximo aos Dois Irmãos, foi a vez do brigue francês Bougaiville. Toda a tripulação foi salva e retirada do mar por presidiários.
4. Em 1909, nos Espigões (as mesmas “Pedras Secas” do naufrágio de 1503)), o navio brasileiro Álvaro.
5. E depois o vapor inglês Aylestone, em 1926, na Praia do Leão.
6. E três navios gregos, de uma mesma companhia:
a. O 1º encalhado em 1929 (o Eleani Sathatatos) submergiu em 1946.
b. O 2º, Maria Sathatatos, em 1937, com seu pessoal salvo pelo porta-aviões Westfalem, que estava por perto.
c. O 3º, Themone Sthatatos, carregado de louça, afundou próximo a Praia de Atalaia, também em 1937.
7. Depois, foi um submarino alemão, em 1943 (na II Guerra Mundial)
8. e o último deles, em 1983: a Corveta B-17, da Marinha Brasileira, que bateu no “cabeço” da Ponta da Sapata e foi rebocada até o porto, onde afundou.
Outros acidentes não foram fatais, ou não foram registrados, por falta de documentação oficial, para saber-se, hoje, todos os segredos o mar noronhense guarda...
Essas embarcações jazem no segredo do oceano, fazendo as delícias dos mergulhadores que ali se aventuram ou sepultados para sempre, sob sedimentos seculares.
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