Hoje é feriado em Olinda. Nesta data celebramos o “1º Grito de República” do Brasil e das Américas, dado pelo Sargento-Mor Bernardo Vieira de Melo, no dia 10 de novembro de 1710, no Senado da Câmara de Olinda.
Diz a história que aquele que fora governador do Rio Grande do Norte e vitorioso nas batalhas contra os Quilombos dos Palmares pretendia, com o seu brado, propor a independência de Pernambuco e foi o ato concreto e pioneiro de um movimento revolucionário e agitador contra o rei de Portugal. Com isso, ele se tornou o precursor dos movimentos libertários no Brasil, quase um século antes da Inconfidência Mineira.
Diz a história que aquele que fora governador do Rio Grande do Norte e vitorioso nas batalhas contra os Quilombos dos Palmares pretendia, com o seu brado, propor a independência de Pernambuco e foi o ato concreto e pioneiro de um movimento revolucionário e agitador contra o rei de Portugal. Com isso, ele se tornou o precursor dos movimentos libertários no Brasil, quase um século antes da Inconfidência Mineira.
O Senado da Câmara era um imponente casarão do século XVII, hoje em ruínas, localizado no sítio histórico olindense, na rua que hoje leva o nome do herói do “10 de novembro”: Rua Bernardo Vieira de Melo. Pela espessura incomum das paredes as “Ruínas do Senado” deixam perceber a importância que tinham, no espaço urbano de então, infelizmente deixado ao abandono pelos homens daquele tempo. E o heróico fato está gravado na “estrela” que lhe serve de indicadora do fato, com os dizeres:
“Aqui, em 10 de novembro de 1710,
Bernardo Vieira de Melo deu o primeiro grito
em favor da fundação da República entre nós”.
Bernardo Vieira de Melo deu o primeiro grito
em favor da fundação da República entre nós”.
E é hoje o dia em que se iniciam as comemorações dos 300 anos do legendário momento histórico, a ser celebrados em 2010. Uma festa cívica reunindo a Câmara de Vereadores, escolas municipais, estaduais e particulares, Escola de Aprendizes Marinheiros, Exército (representado pelo 7º GAC e pelo 14º Batalhão de Artilharia), Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e Agremiações Carnavalescas, num grande desfile pelas ruas do Sítio Histórico capitaneado pela Prefeitura de Olinda e pelo Instituto Histórico de Olinda, guardião desta data, tendo promovido reverências há anos, sempre no singelo monumento em ruínas que identifica o feito.
O 1º Grito de República do País aconteceu em Olinda cerca de 70 anos antes da Revolução Francesa e 60 anos antes da independência dos Estados Unidos.
Quem foi Bernardo Vieira de Melo?
Nascido em Jaboatão, em Pernambuco, na segunda metade do século XVII, foi rico proprietário rural, senhor de engenho, cavaleiro da Casa Real, Sargento-Mor da Capitania de Pernambuco, portador do hábito de Cristo e Governador do R. G. do Norte. Casou-se duas vezes, a 1ª com D. Maria de Barros, com quem não teve filhos e a 2ª com Catarina Leitão, com quem teve quatro filhos, um dos quais - André Vieira de Melo – estaria ligado à sua vida atribulada, sendo preso com ele e morrer, pela causa que abraçara.
Serviu a Pernambuco por mais de 25 anos, como Capitão de Infantaria das Ordenanças, Capitão de Cavalaria. Sargento Mor e Tenente Coronal, sempre ligado aos mais marcantes acontecimentos das províncias brasileiras. Foi Vereador da Vila d´Olinda e Juiz e Capitão-Mor da Vila de Igaraçu. Foi nomeado por El-Rei, Dom João V o comandante do Terço dos Palmares.
Após os feitos de 10 de agosto de 1710, Bernardo Vieira de Melo foi preso e enquadrado nos crimes de inconfidência, por querer um Brasil livre. Juntamente com seu filho, André, foi recolhido ao Forte do Brum, no Recife e daí embarcado para Lisboa, em 28 de julho de 1712. Lá, foram os dois recolhidos na Torre de São Julião e, mais tarde, transferidos para a prisão de Limoeiro, onde morreu, em 1713. Seus restos mortais estão depositados no Mosteiro do Carmo, em Lisboa.
Em 1981, o Prefeito Germano Coelho, por Decreto da Prefeitura de Olinda, concedeu a Bernardo Vieira de Melo o título de “Precursor da República no Brasil e nas Américas", título que corresponde àquele dado a Tiradentes, com relação à Inconfidência.
O Hino de Pernambuco, no seu verso de nº 04, registra o fato histórico, no poema que diz:
O 1º Grito de República do País aconteceu em Olinda cerca de 70 anos antes da Revolução Francesa e 60 anos antes da independência dos Estados Unidos.
Quem foi Bernardo Vieira de Melo?
Nascido em Jaboatão, em Pernambuco, na segunda metade do século XVII, foi rico proprietário rural, senhor de engenho, cavaleiro da Casa Real, Sargento-Mor da Capitania de Pernambuco, portador do hábito de Cristo e Governador do R. G. do Norte. Casou-se duas vezes, a 1ª com D. Maria de Barros, com quem não teve filhos e a 2ª com Catarina Leitão, com quem teve quatro filhos, um dos quais - André Vieira de Melo – estaria ligado à sua vida atribulada, sendo preso com ele e morrer, pela causa que abraçara.
Serviu a Pernambuco por mais de 25 anos, como Capitão de Infantaria das Ordenanças, Capitão de Cavalaria. Sargento Mor e Tenente Coronal, sempre ligado aos mais marcantes acontecimentos das províncias brasileiras. Foi Vereador da Vila d´Olinda e Juiz e Capitão-Mor da Vila de Igaraçu. Foi nomeado por El-Rei, Dom João V o comandante do Terço dos Palmares.
Após os feitos de 10 de agosto de 1710, Bernardo Vieira de Melo foi preso e enquadrado nos crimes de inconfidência, por querer um Brasil livre. Juntamente com seu filho, André, foi recolhido ao Forte do Brum, no Recife e daí embarcado para Lisboa, em 28 de julho de 1712. Lá, foram os dois recolhidos na Torre de São Julião e, mais tarde, transferidos para a prisão de Limoeiro, onde morreu, em 1713. Seus restos mortais estão depositados no Mosteiro do Carmo, em Lisboa.
Em 1981, o Prefeito Germano Coelho, por Decreto da Prefeitura de Olinda, concedeu a Bernardo Vieira de Melo o título de “Precursor da República no Brasil e nas Américas", título que corresponde àquele dado a Tiradentes, com relação à Inconfidência.
O Hino de Pernambuco, no seu verso de nº 04, registra o fato histórico, no poema que diz:
A República é filha de Olinda
Alva estrela que fulge e não finda
De esplender com seus raios de luz.
“Liberdade”, um teu filho proclama:
Dos escravos, o peito se inflama
Ante o sol dessa terra da Cruz!”
Alva estrela que fulge e não finda
De esplender com seus raios de luz.
“Liberdade”, um teu filho proclama:
Dos escravos, o peito se inflama
Ante o sol dessa terra da Cruz!”
2 comentários:
Belo artigo Dra. Marieta, tive a audácia de colocar um link dele em meu Blog www.dasolindas.com, Parabéns e viva nossa Olinda.
A Câmara Municipal de Olinda tem o prazer de informar que as homenagens em Olinda em relação ao Projeto “OLINDA 300 anos de República”, que ocorrerá em 2010 estão tendo prosseguimento, tendo ocorrido ontem, feriado, dia 10 /11, evento do Poder Executivo Municipal de Olinda, sob o Comando do Prefeito Renildo Calheiros e a Câmara M. de Olinda, sob a Presidência do Vereador Marcelo Soares, com Desfile Cívico e Militar, resgatando esse tipo de cortejo em Olinda, na Cidade Alta, com desfile dos Colégios municipais, Estaduais e Particulares, Bandas , fato histórico com a participação do 7º GAC , 14º Batalhão de artilharia, Corpo de Bombeiros, Policia Militar, Policia Federal Escola de aprendizes de Marinheiro , SAMU, todos dentro do sentimento da imortal frase do Hino de Pernambuco, de Oscar Brandão, de que " A República é filha de Olinda."
Valéria Feijo
Secretária Geral da Câmara de Olinda
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