
Chamavam-no "Fernando".
Era belo, rico, meigo e bom.
O mundo não o seduzia...
Sonhava com a paz dos claustros, com o infinito,
com a doação integral de sua vida de homem.
Chamaram-no "Fernando".
Lisboa o viu crescer em sabedoria,
sentindo nele o apelo maior
que haveria de afastá-lo
dos apegos terrenos
............................................
Chamaram-no "Antônio".
Quedaram-se todos ante sua extraordinária voz;
amaram-no na singeleza do que fazia
e na luminosa verdade dos seus olhos de frade,
espalhando o bem que não se acaba.
Chamaram-no "o santo".
Outras cidades o viram passar.
Multidões foram por ele atraídas.
Pádua o viu florescer e eternizar-se,
guardando seu corpo como se seu filho fora.
...............................................
Chamam-no, até hoje, "de Lisboa", "de Pádua",
o Antonino da herança portuguesa,
o santo tão querido de tantos italianos,
aquele que o mundo todo venera e ama
como um filho sem pátria exclusiva,
mas pertencente à humanidade toda!
......................
(Publicado no meu livro "Cantando o amor o ano inteiro" - Paulinas, 1986)
Nenhum comentário:
Postar um comentário