Senhora,
chamam-te com tantos nomes
e de tantas forma te prestam culto.
Senhora,
um dia apareceste, quase milagrosamente,
morena - como todos os sofridos escravos
que esta terra conheceu.
Surpresa... Devoção...
Estranha aparência aquela.
Estranha senhora de cor,
negra - como uma noite interminável...
Senhora,
o Brasl se consagrou a ti,
como a redordar-se
de que sua maior ferida
tinha a cor do negro e da noite.
E, no teu santuário de amor,
passaste a ser a Mãe-Aparecida,
nas águas, nos sonhos,
nas esperanças de todos os brasileiros!
Vela por nós, Senhor,
que tanto precisamos de ti.
Amém.
(Peblicado no meu livro "Cantando o amor o ano inteiro", Paulimas, São Paulo, 1986)
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