Sua alegria - quase sempre presente no contato com os amigos - era contagiante. Sua voz poderosa, tão própria para as inúmeras atividades num palco, ou num altar, convenciam e atraiam pessoas para a figura daquele homem imenso, doce, talentoso, contraditório e multifacetário...
Quem conheceu ENÉAS ALVAREZ sabia disso. Sabia o quão dócil ele era, diante das muitas partilhas pela vida. Sabia com que propriedade ele abordava assunto diversos, com a sabedoria dos que muito sabem. Sabia do latente anseio de ser padre – desde sempre escondido no seu coração – e plenamente realizado na Igreja Ortodoxa Siriana , assumida por ele “como vocação tardia”, como ele mesmo apregoava.
Padre Enéas foi assim: querido por muitos, procurado por tantos, disponível a todos que dele necessitassem, presente e alerta, como um bandeirante da fé e do amor!
Padre Enéas foi o múltiplo e generoso ser humano, que enfrentou o difícil tempo de provação, de doenças várias e de riscos constantes, com uma aceitação e serenidade que confundiam até aqueles que o buscavam, temerosos de ouvir lamúrias e que acabavam sendo confortados pelo exemplo de resignação e fé em Deus com que se encontravam...
Padre Enéas partiu agora, em busca da eternidade sonhada, deixando órfãos os filhos que atraiu para a sua igreja de Olinda e os amigos que formaram fileiras para despedirem-se dele, na triste tarde da encomendação de sua alma, lindamente feita na celebração de corpo presente, com tanta gente em sintonia, pedindo por ele ao Pai e, num profundo momento de amor, no poema declamado pela amiga de todas as horas – Geninha da Rosa Borges – junto ao seu corpo inerte e sereno.
Que seja bonita a sua chegada ao céu, como você tanto sonhou, querido e inesquecível Enéas Alvarez! Dê as nossas lembranças a Dom Helder, que você amava tanto e interceda por nós, que aqui continuamos o caminho traçado pelo Pai de todos! Amém.
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Amém!
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