Essa mulher especial, de mais de mil títulos, é celebrada - no dia 16 de julho - como N. Sª. do Carmo, um nome que vem do século XIII, quando, no Monte Carmelo (que significa Jardim), na Palestina, juntou-se um grupo de eremitas, que queria seguir o exemplo do profeta Elias, num jeito novo de viver que, mais tarde, se estenderia ao mundo. Daí nasceu a comunidade dos "Carmelitas".
Diz a tradição que esses eremitas ergueram uma capela dedicada à Maria que, mais tarde, seria chamada "N. Sª do Carmo" ou "N. Sª do Monte Carmelo". Essa devoção se espalhou pela Europa e, daí, foi levada para todo o continente americano, instalando-se primeiramente em Olinda, onde está a mais antiga casa carmelita das Américas. E a Virgem foi assim louvada em igrejas, lugarejos, capelas, oratórios, como uma prova de como esta devoção saiu dos âmbitos dos conventos carmelitanos e se tornou propriedade do povo, enraizada no coração de todos.
A festa da Padroeira dos Carmelitas foi fortalecida entre 1376 e 1386, comemorando a aprovação da sua regra pelo Papa Honório III. A data foi fixada para o dia 16 de julho, porque é também a data em que - segundo a tradição -, Nossa Senhora apareceu a São Simão Stock e lhe entregou o escapulário, um sinal efetivo de devoção carmelitana.
A ordem carmelita é uma das mais antigas na história da Igreja, Considera o profeta Elias como o seu patriarca. Elias e Maria estão unidos numa narração que se assemelha a uma lenda. Fala de uma visão que mostrou ao profeta a vinda da Virgem sob a figura de uma pequena nuvem que saia da terra e se dirigia para o Monte Carmelo. Perseguidos pelos sarracenos no século XII, os frades se dividiram em dois grupos: os que ficaram ali foram massacrados e o convento incendiado; os que se refugiaram em outros lugares partiram depois para a Europa, onde fundaram conventos. A um desses frades, Simão Stock, a Mãe de Deus apareceu acompanhada de anjos, segurando nas mãos o escapulário e disse a ele: "Recebe, meu filho, este Escapulário da tua Ordem, como sinal distintivo da minha confraria e selo do privilégio que obtive para ti e para todos os Carmelitas. O que com ele morrer, não padecerá o fogo eterno. Este é um sinal de salvação, uma salvaguarda nos perigos e prenda de paz e de aliança eternas". Vem daí a devoção do Escapulário (cujo nome significa “armadura”, “proteção”). O uso do escapulário é um sinal de confiança em Nossa Senhora, para que ela cubra de graças aquele que o usa e o proteja de todos os perigos espirituais e corporais.
Para os recifenses, julho é um mês especial. O novenário começa hoje... Milhares de fiéis acorrem à bela Basílica do Carmo do Recife, para lembrar a “videira florescente” que é Maria! Flores, tapetes, cortinas e tantos outros ornamentos, tornam ainda mais bonito o templo da Padroeira! No ar, o precioso som do CORAL DO CARMO DE RECIFE, com mais de 60 anos de existência, dedicados à Virgem do Carmo, entoando seus louvores, extraindo do Cancioneiro Carmelita as belas e imorredouras canções, a elas somando a privilegiada obra composta pelo saudoso Maestro M. Bezerra, para louvar sua e nossa Mãezinha.
“Ó Rainha do céu, flor do Carmelo”, cantou ele na inesquecível “Prece”. E, comovidos nós todos repetimos, essa que é a mais bela prece de toda a criação de Bezerra: “Ó Rainha do céu, flor do Carmelo”,!
Nenhum comentário:
Postar um comentário