com festas e luzes nós Vos celebramos”!
Hoje e o dia de dar graças, de unir-se a tantos que perseveraram, na luta em favor da restauração e reabertura definitiva da Igreja do Carmo de Olinda, a mais antiga igreja carmelita das Américas, O dia de “voltar para casa”, dessa vez para ficar...
5 de agosto de 2012. Desde cedo, a movimentação pelas ruas dos sítios históricos, precedendo a grande emoção de caminhar em direção ao templo, por tantos anos semi-destruído. Depois, a chegada “em casa”, soberba no alto da colina suave, profusamente iluminada e ornada com flores e cantos. E deu-se a celebração solene da rededicação daquela que é o berço da presença Carmelita no continente americano.
A espera foi longa... Mais de um século da perda do imóvel para União. Décadas de resistência amorosa alimentando o sonho. Força e fé de um punhado de gente de alma carmelitana. Busca da Lei que - vencidas todas as etapas, em todas as instâncias - consolidassem a merecida posse.
E o convento, erguido no século XVI, na antiga ermida de Santo Antônio e São Gonçalo, onde se abrigaram os primeiros frades desembarcados “por acaso” em Pernambuco, naquele distante 1580, desabrocha agora, símbolo do núcleo inicial nesse “Novo-Mundo”, de onde partiram os frades para cristianizar o continente inteiro.
As emoções deste dia nem podem ser descritas, tal foi a força com que se sucederam... Quatro horas inteiras de orações, cantos, incenso, no ritual próprio da solenidade, que depositou relíquias no altar, benzeu-o com o óleo do Crisma, trasladou o Santíssimo Sacramento para o seu lugar de permanência, na lateral do templo – o altar do Crucificado – tendo acima de si, o singelo afresco do Monte Carmelo, por tanto tempo escondido sob camadas de tinta.
Para mim, devota da Virgem do Carmo, integrante daquele grupo cheio de esperanças, que amparou a reabertura da igreja mesmo ainda fora das condições de acolhida, é momento de curvar a cabeça em Ação de Graças, por toda a coragem que nos uniu e impulsionou a seguir adiante; por todos que estiveram conosco e que já se foram, para a morada eterna; por tudo que ansiávamos e acreditávamos que chegaria, um dia.
Hoje é esse dia! De agora em diante, pelo mundo afora, esse monumento olindense terá o destaque merecido, por ser o primeiro da Ordem Carmelita, o deflagrador, o marco inicial de uma aventura religiosa, a casa dos que veneram A Mãe de Deus, sob a invocação de N. Sª do Carmo.
Abençoados sejam todos que tornaram possível tudo isso acontecer!
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Fotos: Jamildo Melo / Maria Luiza Borges
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