Do tempo
de ser criança
a gente
guarda – para toda a vida –
aquele jeito
próprio de ver o mundo
e olhar os
outros / e olhar de frente
com uma
coragem e um destemor
nunca mais reencontrado.
Do tempo
de ser criança
resta -
escondida no coração -
uma
vontade inconfessada
de romper
padrões preconcebidos
e
proclamar a volta da alegria,
jamais sentida como antigamente.
Do tempo
de ser criança
fica pouco
– no rosto que se modifica –
e muito –
no coração
que não
muda quase nada!
Do tempo
de ser criança
ficam as
lembranças que não morrem nunca
de
caminhos que, em sonho,
como a
gente queria de novo percorrer...
(Do meu livro "As muitas faces do bem-querer")
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