Em uma - plantada em sete colinas - derramaram-se casas entre mosteiros, conventos e templos seculares. Em outra, um rio se espraiou entre ilhas, fazendo lembrar outras terras, dando-lhe alcunhas significativas por isso.Duas terras tão próximas, unidas por um istmo num passado distante. Duas antigas vilas pontuadas de igrejas, sinais da religiosidade que veio de longe. Duas cidades tão diferentes e, ao mesmo tempo, encantadoras na sua diversidade.
Juntas
fizeram história. A nobre e mimosa Villa
d´Olinda abrigava o poder, os fidalgos, que chegavam, prontos para fincar morada numa
terra de muitos verdes e de mar fascinante. Lá longe, o porto – a “ribeira do mar dos arrecifes” – servia-lhe
de entrada e nela o comercio se estabeleceu, gerando a riqueza que veio e,
pouco a pouco, assumiu o comando da terra.
Vieram os
holandeses. Amaram a terra-arquipélago, rodeada da água que lhes lembrava as
origens... Ignoraram a vila primeira, fazendo-a arder completamente, naquele
distante 26 de novembro de 1631.
Crescimento
e cobiça. Apogeu e destruição. Renascimento esperado que consolidou um
patrimônio raro, oriundo do século XVI, até hoje decantado e procurado pela sua
especificidade. E reconhecido pela Unesco, em favor de Olinda.
Hoje, uma e
outra relembram esse passado marcante. Foi num 12 de março que o sábio donatário destinou as terras para aqueles
que arriscaram a travessia, vindo sonhar a Nova Luzitânia... E foi nesse documento oferecido
à Camara – o FORAL DE OLINDA – que ele
próprio intitulou a pequena e vizinha vila ribeirinha.
OLINDA e RECIFE.
Cidades irmãs. Uma a antiga Capital. Outra a Capital de agora. Juntas e
solidárias na festa comemorativa. Juntas na titulação da Arquidiocese de Olinda
e Recife. Juntas no coração de todos, que festejam esses aniversários. Salve!
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