
Quanto ele se foi,
em 1999, continuei unida a tanta gente que vivia essa mesma disponibilidade,
cultuando sua memória, ajudando a preparar celebrações emocionadas, guardando
seu ideário, com a certeza de estar diante de alguém que fora santo em vida e, um dia, teria o
reconhecimento da sua Igreja, ascendendo aos altares do mundo que também o
reverenciava.
Esse momento ainda
não chegou. Ele perdura no coração e no desejo de milhares “helderólogos” espalhados por aí, nas
homenagens que vão se sucedendo e tomou forma explicativa e museal com a implantação
do MEMORIAL DOM HELDER CAMARA,
formado pela Exposição de peças e de
informações sobre ele, relativas às homenagens recebidas nos cinco continentes,
e da Casa-Museu onde ele viveu de
forma simples, por trás do altar da Igreja de N. Sra da Assunção das Fronteiras,
lugar escolhido como moradia na Arquidiocese de Olinda e Recife, e onde se entregou
ao Pai, em agosto de 1999.
Pois essa devoção a
um homem santo, profeta do século XX, amado por todos. tornou-me alvo de uma
homenagem especialíssima, na concessão que me foi feita da MEDALHA DE DIREITOS HUMANOS DOM HELDER CAMARA pela Câmara de
Vereadores de Olinda, neste dezembro que termina.
A iniciativa dos
Vereadores Marcelo Santa Cruz e Arlindo Siqueira foi aprovada. A
Medalha e o Diploma agora figuram agora entre as lembranças da minha vida, em
lugar de destaque, por tudo o que significa.
E que fiz eu para merecer essa honraria?
Conviver com Dom Helder foi um enorme privilégio! Dedicar um pouco do meu tempo
- em meio aos tantos trabalhos que precisava fazer a cada dia, para aJudá-lo
nas mais simples ações que precisassem ser feitas - foi sempre um oásis diante
da agitação que se avizinhava, uma atitude que era tomada também por muitas
outras pessoas, igualmente cativadas por esse ser especial.
Sou grata aos
amigos-Vereadores autores da proposta. Sou grata à Câmara de Vereadores de
Olinda por tê-la acolhido. Sou grata aos amigos que me consideraram merecedora
de recebê-la. E renovo aqui o meu sincero desejo de ver o meu santinho
reconhecido pela sua santidade, como registrei no cordel “Dom Helder no céu”, distribuído na cerimônia de entrega do título
em Olinda, no qual imagino quem o teria recebido no espaço celeste, na noite de
29 de agosto de 1999... Convicta de
que foi isso que aconteceu lá nas alturas, peço ao “Santo Helder” que abençoe todos esses filhos amorosos que por aqui
ficaram, inclusive eu.
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