Desde
cedo, o povo inicia sua caminhada. Chegam de todos os cantos. A maioria tem
mesmo que vir a pé, para escolher um lugarzinho, na multidão, onde possa brincar,
cantar, aplaudir, fazer-se ver ou, simplesmente, olhá-lo majestoso, sobre a Ponte
Duarte Coelho, ladeado e emoldurado pelo Rio Capibaribe, também repleto de
barcaças, catamarãs, barquinhos... Lá vem o GALO!!! Na verdade, ele não vem... Ele espera. E sabe que as reverências
já estão por perto!
A
cena é muito especial. Para todos os lados da Ponte os foliões se acotovelam,
espremem-se, suam, aguardam sob o sol a
chegada dos carros (de orquestras e cantores, famosos ou não) e os que conduzem
alegorias. Um percurso extenuante, feito ao calor do Recife que “ferve” (não foi a corruptela dessa
palavra que gerou a palavra “Frevo“)...
A
manhã se agiganta. Sol a pino, suor pelo corpo e ansiedade na alma. Os que
podem, olham a grande alegoria posta na ponte e esperam, até que a clarinada
anuncie a chegada de “todo mundo”,
fantasiado de forma criativa ou improvisada, em grupos ou solitários... Cumpre-se
o ritual. O “sábado-gordo” que antecede o Carnaval vive o seu papel de
alentador de sonhos e de festa!
É
esse o clima do Recife, neste DIA DO
GALO, registrado no recorde de ser “O
maior bloco do mundo” e nos corações, como o emblemático símbolo de uma
gente que tem razões para ser feliz, apesar de tudo! E o grande homenageado de 2014 é o mestre ARIANO SUASSUNA, que diz ser agora, talvez, "o maior escritor do mundo", pela homenagem que recebe desde que é "o maior bloco do mundo". Grande Ariano!!!
Nenhum comentário:
Postar um comentário