Com alguns santos a gente
parece ter mais intimidade... Tratá-los de forma carinhosa, apelidá-los,
confiar que não precisa de “apresentação”
ou “referências” nos momentos de
proximidade...
Desde menina, acostumei-me
com isso.
Nossa Senhora do Carmo era a minha “Carminha”, da querida festa de julho. São Francisco de Assis, o meu “Chiquinho”, a quem confiava a proteção
para meus gatos, minhas plantas, minha lua cheia.
Em dezembro, uma outra forma
de tratar a mesma Maria, a Mãe de Deus, foi sempre Ceça, Cecinha, para
externar as minhas orações para Nossa
Senhora da Imaculada Conceição, um nome enorme, desdobrado em outros, nas
muitas Maria da Conceição, Conceição de Maria, Maria Imaculada...
Pois esta é a minha CECINHA, que o Recife rememora nos dezembros
que se sucedem, reunindo gente de todos os cantos, unidos para subirem o Morro da Conceição, seja simplesmente
andando, ou de joelhos, arrastando-se, desde as primeiras horas da manhã, para
olhar a Maria do Morro, linda no seu azul e branco, enorme para ser vista de
longe, fincada naquele espaço há 110
anos.
Virgem da Conceição, Ceça, Cecinha: olha esses teus devotos com teu olhar materno e profundo, reconstruindo
a esperança de tanta gente que precisa sentir-se abraçada por ti, neste 8 de dezembro que chega mais uma vez!
E, a ti pedimos, fervorosos
- Mãe: rogai por nós que recorremos a vós!
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