Entre avós e netos quase
sempre há cumplicidade,
mesmo que as diferenças
entre eles sejam enormes...
Pela vida, há o tempo de existirem pais, mães
e filhos.
A distância é grande. As gerações
são tão distantes.
Mas o elo que une essas
crianças e jovens
a essas pessoas tão
experientes e, ao mesmo tempo, tão mais velhas,
desaparecem, quando chegam
esses portadores de luz, que são os netos!
E aí, esses netos e avós
inauguram um outro tempo,
feito de afagos, sorrisos
cansados, vontade de correr juntos,
mesmo que o corpo de cada um
carregue marcas evidentes
da velhice inevitável que
vem chegando,
apesar da juventude guardada
na alma, exteriorizada de muitas madeiras.
Nem sempre esses avós
superam os sinais sensíveis da caminhada,
mesmo que - dentro de cada
um - uma lufada de vento os impulsione,
pressentindo um vigor que já
não possuem
e uma fortaleza que vai
esmaecendo,
ainda que teimem em
reaquecê-la, cheios de amor e de carinho...
Entre avós e netos – graças a Deus - quase
sempre há cumplicidade...
E para os avós, o neto é a
novidade que chega, o futuro que se adianta,
a esperança que se renova, a
coragem que se fortalece tanto...
Então, esses homens e
mulheres – avós e avós – rejuvenescem,
na descoberta de que ainda é possível sonhar!
E que todos os sonhos cabem
inteirinhos
nos braços cansados de quem
experimenta a felicidade de ser chamado de
VOVÔ – VOVÓ!
Abençoados sejam todos
eles!
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