A chegada dos militares
para administrar o Território Federal de Fernando de Noronha, criado em 1942, trouxe para o arquipélago
diversos costumes praticados no continente, muitos deles característicos da
Região Nordeste.
Esses festejos ganharam
uma dimensão nova, com a inclusão de cortejos natalinos com Papai Noel, figuras e danças de Pastoril (folguedo praticado nesse
tempo, em quase todos os estados nordestinos), tanto aqueles encenados por
crianças e adolescentes, com jornadas singelas e de caráter religioso, como os
chamados “Pastoris profanos”,
dançados em tablados nas ruas e em horas mais avançadas, pelo seu caráter
provocador, quase sempre proibidos. A diferença é que na ilha, somente os pastoris infanto-juvenis seriam permitidos.
Os
governadores militares que se seguiam traziam de Alagoas ou de Pernambuco professoras de
Pastoril, para ensinar as danças, as músicas, as competições em Fernando de Noronha. E uma das
professoras locais – Dona Nanete -
acabou tornando-se especialista como Mestra
de Pastoril, preparando – a cada ano – o grupo de meninas que subia aos tablados
enfeitados para esse fim e atraiam as torcidas que competiam pelo ENCARNADO ou pelo AZUL, coroando, ao final, a MESTRA ou a CONTRA-MESTRA,
como a vencedora.
Nessas festividades, o Papai Noel chegava em um “trenó
“ improvisado numa carroça puxada a cavalo e outras adaptações eram inventadas
para que o Natal tivesse a participação
das famílias que ali viviam, inclusive também dos filhos dos militares em
serviço, tanto do Exército (ate 1981) como da Aeronáutica que assumiu, a partir
daí, a condução do TFFN.
A imagem aqui mostrada
relembra esse tempo passado... Doce memória para adultos de agora, que
viveram as alegrias de comemorar o Natal em plenitude lá no meio do
oceano!!!
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