Morreu hoje o
humorista AGILDO RIBEIRO, bastante conhecido
pela sua atuação no teatro na televisão e que, num momento da vida, abriu mão das
preciosas imagens do seu pai – o tenente
AGILDO DA GAMA BARATA RIBEIRO - para enriquecer o acervo histórico de
Fernando de Noronha, mostrando-o não só como o preso político que cumpria pena no
arquipélago, em 1938, mas como o ator que adaptou um espaço antigo da ilha para
criar o TEATRO ARANHA e ali oferecer
a sua arte para os desditosos companheiros de infortúnio. Em 1942, ele e seus companheiros
de infortúnio foram transferidos para a Colônia Dois Rios, na Ilha Grande/Rio
de Janeiro, acompanhados por funcionários graduados do presídio, onde ficaram
até ganharem a liberdade.
Agildinho, que agora se foi, era filho daquele
prisioneiro e sonhava criar um espaço-memória
que lembrasse seu pai na Vila dos Remédios, em Noronha, que registraria a presença de comunistas,
aliancistas e integralistas que ali viveram, naquele período da história
republicana brasileira (1937 a 1945). Até imaginou chamá-lo “Praça
Teatro Aranha”, para que o nome do seu pai se eternizasse por lá. Pena
que não foi assim...
Mas essa memória fotográfica é hoje parte do acervo do “Programa de Resgate Documental sobre Fernando de Noronha”, pela visão de futuro que o pranteado humorista demonstrou, naquela merecida e bem-vinda doação feita, hoje divulgada nos livros sobre o arquipélago e no MEMORIAL NORONHENSE, espaço museal específico na amostragem do passado insular.
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