Dados Biográficos:
DOM HELDER PESSOA CAMARA nasceu no dia 07 de fevereiro de 1909, em Fortaleza/CE. Faleceu no dia 27 de agosto de 1999, na Igreja de N.Sª da Assunção das Fronteiras, no Recife/PE. Seus pais foram João Eduardo Torres Camara Filho (jornalista e guarda-livros) e Adelaide Rodrigues Pessoa Camara (professora primária). Foi batizado em 31 de março de 1909. Fez a sua 1ª Eucaristia em 29 de setembro de 1917.
Cursou Teologia no Seminário de São José na Prainha, em Fortaleza / Ceará. Ordenou-se padre em 15 de agosto de 1931, pelo Arcebispo Metropolitano de Fortaleza, Dom Manoel da Silva Gomes, que esteve no cargo de 1912 a 1941. Nove seminaristas foram ordenados na mesma ocasião, Como tinha só 22 anos e meio, foi preciso uma autorização especial do Vaticano para que ele também se ordenasse. O mesmo Arcebispo tinha celebrado a ordenação diaconal em 30 de novembro do ano anterior (1930), também na Igreja da Prainha.
Até 1936 exerceu na capital cearense atividade sacerdotal, entre homens de letras e operários. Nesse período foi nomeado diretor do Departamento de Educação, cargo hoje correspondente a Secretário de Estado.
Foi para o Rio de Janeiro em 1936. Exerceu, entre outras funções, o cargo de Diretor Técnico do Ensino de Religião da Arquidiocese. Em 1948 foi nomeado Monsenhor. No ano de 1950, expôs ao amigo Monsenhor Montini (futuro Papa Paulo VI) seus planos para fundar a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) – fundada em 14 de outubro de 1952 - da qual se torna Secretario Geral de 1952 a 1964 e Secretario da Ação Social entre 1964 e 1968.
Foi sagrado Bispo no dia 20 de abril de 1952, na Igreja da Candelária, no Rio de Janeiro, pelas mãos de Dom Jaime de Barros Câmara. Nomeado Arcebispo Auxiliar do Rio de Janeiro em 1955, neste mesmo ano organizou o famoso Congresso Eucarístico Nacional (realizado no espaço hoje chamado “Aterro do Flamengo”).
Criou a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB, o Banco da Providência e a Cruzada São Sebastião, instituições que visavam combater as injustiças sociais. Trabalhou na criação, em 1955, da Conferência Geral do Episcopado Latino Americano (CELAM) e permaneceu como seu vice-presidente de 1958 a 1964 quando foi nomeado Arcebispo de Olinda e Recife, tendo tomado em 12 de abril de 1964.
Passou a desenvolver - com grande relevância - ações sociais junto às comunidades carentes, e a lutar pelos direitos humanos e a justiça social, destacando-se como fundador: do “Banco da Providência”, da “Operação Esperança”, do “Instituto de Teologia do Recife - ITER” (1968), do “Encontro de Irmãos” (em 1969 como ponto de partida para criação de 230 Comunidades Eclesiais de Base), da “Comissão de Justiça e Paz da Arquidiocese (1979), da criação de 19 Paróquias.
Ficou mundialmente conhecido como o arauto dos “sem vez e sem voz”. Durante o regime militar sua voz só podia ouvida na Rádio Olinda, de 1964 a 1983, sendo proibido e censurado na mídia de todo o País. Liderou o movimento da “não violência” e das Minorias Abraâmicas, trabalhando para construir um mundo mais justo e mais humano.
No Plano Internacional, foi designado membro do “Conselho Supremo de Imigração” da comissão “Para Disciplina do Clero”, preparatória do Concílio Vaticano II (1962-1965), onde foi Padre conciliar nas 4 sessões, membro da Comissão “ Apostolado dos Leigos e Meios de Comunicação Social, no Concílio Ecumênico – 1964 e Delegado do Episcopado Brasileiro no III Sínodo dos Bispos (1974).
Durante todo o seu sacerdócio recebeu várias homenagens, acervo de condecorações que hoje contabilizam 716 itens. Publicou 23 livros, sendo 19 deles traduzidos para 16 idiomas. Tornou-se membro de 41 organizações internacionais e 05 nacionais. Distinguiu-se com prêmios da Paz entre eles René Sande; Martin Luther King; Memorial João XXIII de Pax Christ; Artesões da Paz; Prêmio Popular da Paz; Niwano Peace Prize. Doutor honoris (32) incluindo Harvard University, St. Louis University, Louvain, Florença, Fribourg, Amsterdan, Sorbonne. Recebeu trinta (30) títulos de Cidadão Honorário, no Brasil e Exterior. Foi saudado pelo Papa João Paulo II quando da visita de Sua Santidade ao Brasil em 1980 com o título de “Irmão dos Pobres meu Irmão”.
Fundou, em 1984 as “Obras de Frei Francisco” (OFF), cujo Conselho Curador presidiu até a data de seu falecimento. Hoje, numa homenagem ao seu idealizador e fundador, a instituição se chama INSTITUTO DOM HELDER CAMARA – IDHeC. Pertencem a essa Instituição a “Casa de Frei Francisco” (Coelhos- Recife-Pe, fundada em 1986) e o “Centro de Documentação Helder Camara”- CEDOHC (inaugurado em 5 de fevereiro de 1999).
Afastou-se da Arquidiocese em 1985, por limite de idade, com o título de Arcebispo Emérito de Olinda e Recife, mas, não abandonou a atividade pastoral, continuando a residir na modesta Igreja das Fronteiras, onde faleceu, em 1999.
Deixou - em testamento, datado de 20 de julho de 1984 - para Obras de Frei Francisco / Instituto Dom Helder Camara, todos os bens e direitos autorais de suas obras que terão continuidade pelos seus seguidores.
Em 2009 o centenário do seu nascimento será comemorado... Uma comissão formada pelo IDHeC, pela CNBB/Regional Nordeste 2, pela Universidade Católica de Pernambuco e à Arquidiocese de Olinda e Recife desenvolve - desde 07 de fevereiro de 2008 - a programação “Rumo ao Centenário de nascimento de Dom Helder Camara”, que pretende homenagear aquele que foi “o profeta do século XX” e merece todas as nossas reverências,
DOM HELDER PESSOA CAMARA nasceu no dia 07 de fevereiro de 1909, em Fortaleza/CE. Faleceu no dia 27 de agosto de 1999, na Igreja de N.Sª da Assunção das Fronteiras, no Recife/PE. Seus pais foram João Eduardo Torres Camara Filho (jornalista e guarda-livros) e Adelaide Rodrigues Pessoa Camara (professora primária). Foi batizado em 31 de março de 1909. Fez a sua 1ª Eucaristia em 29 de setembro de 1917.
Cursou Teologia no Seminário de São José na Prainha, em Fortaleza / Ceará. Ordenou-se padre em 15 de agosto de 1931, pelo Arcebispo Metropolitano de Fortaleza, Dom Manoel da Silva Gomes, que esteve no cargo de 1912 a 1941. Nove seminaristas foram ordenados na mesma ocasião, Como tinha só 22 anos e meio, foi preciso uma autorização especial do Vaticano para que ele também se ordenasse. O mesmo Arcebispo tinha celebrado a ordenação diaconal em 30 de novembro do ano anterior (1930), também na Igreja da Prainha.
Até 1936 exerceu na capital cearense atividade sacerdotal, entre homens de letras e operários. Nesse período foi nomeado diretor do Departamento de Educação, cargo hoje correspondente a Secretário de Estado.
Foi para o Rio de Janeiro em 1936. Exerceu, entre outras funções, o cargo de Diretor Técnico do Ensino de Religião da Arquidiocese. Em 1948 foi nomeado Monsenhor. No ano de 1950, expôs ao amigo Monsenhor Montini (futuro Papa Paulo VI) seus planos para fundar a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) – fundada em 14 de outubro de 1952 - da qual se torna Secretario Geral de 1952 a 1964 e Secretario da Ação Social entre 1964 e 1968.
Foi sagrado Bispo no dia 20 de abril de 1952, na Igreja da Candelária, no Rio de Janeiro, pelas mãos de Dom Jaime de Barros Câmara. Nomeado Arcebispo Auxiliar do Rio de Janeiro em 1955, neste mesmo ano organizou o famoso Congresso Eucarístico Nacional (realizado no espaço hoje chamado “Aterro do Flamengo”).
Criou a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB, o Banco da Providência e a Cruzada São Sebastião, instituições que visavam combater as injustiças sociais. Trabalhou na criação, em 1955, da Conferência Geral do Episcopado Latino Americano (CELAM) e permaneceu como seu vice-presidente de 1958 a 1964 quando foi nomeado Arcebispo de Olinda e Recife, tendo tomado em 12 de abril de 1964.
Passou a desenvolver - com grande relevância - ações sociais junto às comunidades carentes, e a lutar pelos direitos humanos e a justiça social, destacando-se como fundador: do “Banco da Providência”, da “Operação Esperança”, do “Instituto de Teologia do Recife - ITER” (1968), do “Encontro de Irmãos” (em 1969 como ponto de partida para criação de 230 Comunidades Eclesiais de Base), da “Comissão de Justiça e Paz da Arquidiocese (1979), da criação de 19 Paróquias.
Ficou mundialmente conhecido como o arauto dos “sem vez e sem voz”. Durante o regime militar sua voz só podia ouvida na Rádio Olinda, de 1964 a 1983, sendo proibido e censurado na mídia de todo o País. Liderou o movimento da “não violência” e das Minorias Abraâmicas, trabalhando para construir um mundo mais justo e mais humano.
No Plano Internacional, foi designado membro do “Conselho Supremo de Imigração” da comissão “Para Disciplina do Clero”, preparatória do Concílio Vaticano II (1962-1965), onde foi Padre conciliar nas 4 sessões, membro da Comissão “ Apostolado dos Leigos e Meios de Comunicação Social, no Concílio Ecumênico – 1964 e Delegado do Episcopado Brasileiro no III Sínodo dos Bispos (1974).
Durante todo o seu sacerdócio recebeu várias homenagens, acervo de condecorações que hoje contabilizam 716 itens. Publicou 23 livros, sendo 19 deles traduzidos para 16 idiomas. Tornou-se membro de 41 organizações internacionais e 05 nacionais. Distinguiu-se com prêmios da Paz entre eles René Sande; Martin Luther King; Memorial João XXIII de Pax Christ; Artesões da Paz; Prêmio Popular da Paz; Niwano Peace Prize. Doutor honoris (32) incluindo Harvard University, St. Louis University, Louvain, Florença, Fribourg, Amsterdan, Sorbonne. Recebeu trinta (30) títulos de Cidadão Honorário, no Brasil e Exterior. Foi saudado pelo Papa João Paulo II quando da visita de Sua Santidade ao Brasil em 1980 com o título de “Irmão dos Pobres meu Irmão”.
Fundou, em 1984 as “Obras de Frei Francisco” (OFF), cujo Conselho Curador presidiu até a data de seu falecimento. Hoje, numa homenagem ao seu idealizador e fundador, a instituição se chama INSTITUTO DOM HELDER CAMARA – IDHeC. Pertencem a essa Instituição a “Casa de Frei Francisco” (Coelhos- Recife-Pe, fundada em 1986) e o “Centro de Documentação Helder Camara”- CEDOHC (inaugurado em 5 de fevereiro de 1999).
Afastou-se da Arquidiocese em 1985, por limite de idade, com o título de Arcebispo Emérito de Olinda e Recife, mas, não abandonou a atividade pastoral, continuando a residir na modesta Igreja das Fronteiras, onde faleceu, em 1999.
Deixou - em testamento, datado de 20 de julho de 1984 - para Obras de Frei Francisco / Instituto Dom Helder Camara, todos os bens e direitos autorais de suas obras que terão continuidade pelos seus seguidores.
Em 2009 o centenário do seu nascimento será comemorado... Uma comissão formada pelo IDHeC, pela CNBB/Regional Nordeste 2, pela Universidade Católica de Pernambuco e à Arquidiocese de Olinda e Recife desenvolve - desde 07 de fevereiro de 2008 - a programação “Rumo ao Centenário de nascimento de Dom Helder Camara”, que pretende homenagear aquele que foi “o profeta do século XX” e merece todas as nossas reverências,
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