Fernando de Noronha atrai atenções de artistas que se expressam de diferentes maneiras. Um arquipélago isolado no oceano, rodeado de muitos azuis ao ser redor, desperta a sensibilidade de muitos e provoca a criatividade de alguns, fazendo surgir telas, esculturas, fotos e tantos outros registros de beleza, eternizando esse espaço mágico pela grandeza da Arte.
Que lugar é esse, capaz de inspirar obras de valor inestimável e tempo infinito? Quem foram esses artistas que de tantos jeitos o representaram?
Primeiro foram os cartógrafos que foram incluindo elementos decorativos nos seus trabalhos, não só confirmando a intensa navegação nas imediações do arquipélago como a arte dos cartógrafos da época. É o caso do espanhol Juan de la Cosa (em 1500), do conhecido “mapa de Cantino” (de 1502) considerado “o mais antigo mapa do Brasil”; do Mapa-mundi de Lopo Homem-Reinéis, datado de 1519; da Carta de Keulen, publicada em 1717; da Carta gravada, datada de 1738, baseado em informações colhidas em 1734, de Philippe Bauche, 1º cartógrafo do Rei de França; da Carta do arquipélago de Fernando de Noronha, de José Fernandes Portugal, datada de 1798, localizando o sistema defensivo, o sistema viário, os núcleos urbanos e as estruturas de alguns serviços ali já implantados. E muitas outras, eternizando em seus traços a orientação sobre o Arquipélago e a beleza dos detalhes que os emolduravam.
E as obras de arte produzidas por pintores, gravuristas, escultores e tantos outros artistas, ao longo dos tempos?
A mais antiga delas foi feita em 1816, Jean Baptiste Debret, quando de sua passagem pelo arq
uipélago, integrando a Missão Artística Francesa (acervo da Fundação Castro Maya/RJ). Anos mais tarde Alexandre Spetz eternizava criava a “praça de comando”, centro da Vila dos Remédios, em 1841 (foto). E J. Niewerth, em 1845, em têmpera sobre papel, imortalizou a Vila dos Remédios, em imagem a partir do morro da Fortaleza dos Remédios; o cemitério da Vila, àquela altura recém-construído e a Rampa de desembarque do porto de Santo Antônio, vendo-se em 1845, com vista os armazéns e rampa de desembarque (todas acervo do Museu do Estado de Pernambuco)
Não fossem esses talentosos fazedores de arte e não teríamos idéia como era ocupado o espaço noronhense... Isso se continua com a ida de do pintor francês Eugene Laissaily, autor de uma das mais completas iconografias sobre a Vila, “cercada” por muro, detalhado em seus monumentos e, entre eles, mostrando a única imagem da hoje inexistente Igreja de Nª Sª do Rosário dos Sentenciados (acervo do Instituto Ricardo Brennand/PE). Do mesmo autor são sete outras obras, todas pertencentes a coleções particulares, com paisagens do arquipélago.

No final do século XIX duas criações ingênuas, uma atribuída a Luiz Schlappriz – com a Vila dos Remédios a partir do Morro do Francês, mostrando o casario da vila, praias, o Pico, com a presença do pintor na própria paisagem e a outra, de Antônio A. Lima, registrando a “Vila da Quixaba”, em 1890 (foto - acervo do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano).
No século XX a fotografia desponta e torna-se a “chave” para a compreensão do espaço urbano, em suas modificações sucessivas. Mas, a Arte continua a ser uma das formas de registro importante, com criações interessantíssimas, como as duas telas de Wash Rodrigues, uma imaginando o que teria sido a tomada pelos portugueses da ilha ocupada pelos holandeses, no século XVII e outra mostrando a chegada de Dutra em Fernando de Noronha, quando Ministro da Guerra.
Em 1984 o pintor paulista Scúrzio, pintou o Antigo armazém de produtos agrícolas, da Vila dos Remédios e a Capela da Fortaleza dos Remédios, contribuindo para que se conheça a aparência desses dois lugares antes que o tempo e o descaso dos homens quase os fizesse desaparecer.
O assunto continuará a ser falado aqui, enfocando outros tempos e outros artistas que, em Fernando de Noronha, deixaram-se ficar nas suas diversas formas de fazer Arte.
Que lugar é esse, capaz de inspirar obras de valor inestimável e tempo infinito? Quem foram esses artistas que de tantos jeitos o representaram?
Primeiro foram os cartógrafos que foram incluindo elementos decorativos nos seus trabalhos, não só confirmando a intensa navegação nas imediações do arquipélago como a arte dos cartógrafos da época. É o caso do espanhol Juan de la Cosa (em 1500), do conhecido “mapa de Cantino” (de 1502) considerado “o mais antigo mapa do Brasil”; do Mapa-mundi de Lopo Homem-Reinéis, datado de 1519; da Carta de Keulen, publicada em 1717; da Carta gravada, datada de 1738, baseado em informações colhidas em 1734, de Philippe Bauche, 1º cartógrafo do Rei de França; da Carta do arquipélago de Fernando de Noronha, de José Fernandes Portugal, datada de 1798, localizando o sistema defensivo, o sistema viário, os núcleos urbanos e as estruturas de alguns serviços ali já implantados. E muitas outras, eternizando em seus traços a orientação sobre o Arquipélago e a beleza dos detalhes que os emolduravam.
E as obras de arte produzidas por pintores, gravuristas, escultores e tantos outros artistas, ao longo dos tempos?
A mais antiga delas foi feita em 1816, Jean Baptiste Debret, quando de sua passagem pelo arq

Não fossem esses talentosos fazedores de arte e não teríamos idéia como era ocupado o espaço noronhense... Isso se continua com a ida de do pintor francês Eugene Laissaily, autor de uma das mais completas iconografias sobre a Vila, “cercada” por muro, detalhado em seus monumentos e, entre eles, mostrando a única imagem da hoje inexistente Igreja de Nª Sª do Rosário dos Sentenciados (acervo do Instituto Ricardo Brennand/PE). Do mesmo autor são sete outras obras, todas pertencentes a coleções particulares, com paisagens do arquipélago.

No final do século XIX duas criações ingênuas, uma atribuída a Luiz Schlappriz – com a Vila dos Remédios a partir do Morro do Francês, mostrando o casario da vila, praias, o Pico, com a presença do pintor na própria paisagem e a outra, de Antônio A. Lima, registrando a “Vila da Quixaba”, em 1890 (foto - acervo do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano).
No século XX a fotografia desponta e torna-se a “chave” para a compreensão do espaço urbano, em suas modificações sucessivas. Mas, a Arte continua a ser uma das formas de registro importante, com criações interessantíssimas, como as duas telas de Wash Rodrigues, uma imaginando o que teria sido a tomada pelos portugueses da ilha ocupada pelos holandeses, no século XVII e outra mostrando a chegada de Dutra em Fernando de Noronha, quando Ministro da Guerra.
Em 1984 o pintor paulista Scúrzio, pintou o Antigo armazém de produtos agrícolas, da Vila dos Remédios e a Capela da Fortaleza dos Remédios, contribuindo para que se conheça a aparência desses dois lugares antes que o tempo e o descaso dos homens quase os fizesse desaparecer.
O assunto continuará a ser falado aqui, enfocando outros tempos e outros artistas que, em Fernando de Noronha, deixaram-se ficar nas suas diversas formas de fazer Arte.
Um comentário:
MEUS PARABENS
ESSE É O MELHOR LIVRO QUE JA VI E LI SOBRE FERNANDO DE NORONHA...
ADOREI.JULIANA
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