COMO PODE?
Contemplando um presépio com a imagem do Menino Deus
nos questionamos:
Como pode o finito
abraçar o Infinito?
Como pode o relativo
absorver o Absoluto?
Como pode o imperfeito
ser servido pelo Perfeito?
O melhor é perguntar
a quem acendeu na criatura humana
fome e sede de transcendência...
Nossos limites não nos seguiram.
Rebentamos o que nos amarra.
Na aparência,
nossos alimentos são perecíveis
- mas o que, de fato, nos permite
caminhar entre as estrelas
são alimentos divinos
como a verdade, a beleza e o bem,
e, por incrível que pareça,
o Corpo e o Sangue
do próprio Filho de Deus!
(Dom Helder Camara, no livro "Um olhar sobre a Cidade", Paulus, 1995)
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