A festa dura três semanas... Uma festa de devoção, de carinho pela Mãe do Céu, aqui invocada sob o título de NOSSA SENHORA DO CARMO. Para as duas cidades tão próximas – Recife e Olinda – acorrem devotos de todos os cantos, para essa veneração que tem o tempo do amor filial como sua marca e a tradição tão antiga como inspiração.
Primeiro no RECIFE,
onde ela é a Padroeira aclamada por
decisão popular, que se fez verdade no começo do século XX, deixando de ser a “padroeira
menos principal“ (título que dividia com o então verdadeiro patrono,
Santo Antônio) para ser a venerada como Mãe de todos os recifenses. E pelos
tempos afora as comemorações se sucederam, no belo e solene Novenário de músicas
próprias, por mais de sessenta anos entoadas pelo mesmo grupo de canto – o Coral do Carmo do Recife – afora os
festejos profanos no largo da sua Basílica, sempre marcados pela fidelidade dos
filhos e a curiosidade dos visitantes.
Depois, a retomada pelos carmelitas da velha e belíssima Igreja o Carmo de Olinda – a mais
antiga igreja da Ordem nas Américas, desde 1580 – estendeu e uniu a devoção
entre as duas cidades-irmãs, prolongando o tempo de celebrar a Virgem do
Carmelo, dando-lhe um tempo maior, unindo
os festejos , a partir da procissão do dia 16
de julho, através dos mais de seis quilômetros de caminhada de um lugar a
outro, marco do início da festa de Olinda.
Pois esse é o tempo que estamos vivendo. No Recife, desde o
dia 1º de julho, cantos, flores, celebrações concretizam essa festa
carmelitana. E preparam a continuidade que virá, a partir do dia 16 de julho,
para se fazer verdade lá na Casa-Mãe de
Olinda, com o tríduo de orações e a solene Missa festiva que encerra toda a
festa.
Revestidos com o Escapulário,
os devotos externarão sua fé e confirmação sua escolha, privilegiando a Mãe de
Deus com o título de Senhora da Carmelo,
entregando-se às homenagens a ela prestadas, de tantas maneiras...
E, entre tantos cantos feitos para saudar essa Mãe, cantarão
seu amor filial, na PRECE que sintetiza
o amor no coração de todos:
“Ó Rainha do céu, Flor do Carmelo,
tu que és o auxílio do cristão,
ouve, Mãe poderosa, o meu apelo;
eu confio em teu bom coração...
A teus pés, Virgem Santa,
permaneço, implorando a tua proteção.
Tu bem sabes, ó Mãe, o que te
peço, nessa humilde, singela oração!
Tu bem sabes, ó Mãe, meu
sentimento. Tu bem sabes que é grande o meu amor.
E eu sei que tu és o meu alento.
No sofrer, tu minoras minha dor.
Só o justo floresce como a palma.
Um lugar, entre os justos quero ter...
Teus louvores, cante sempre a
minha alma, pra poder teus favores merecer!”
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OBS: a música PRECE foi composta pelo antigo e já
falecido maestro do Coral do Carmo do Recife, M.Bezerra, num momento de dor extrema e com ela, alcançou a graça pedida à Mãe dos Carmelitas.
De lá para cá, é uma das melodias mais entoadas ao longo dessa festa de amor sem
limite.
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