terça-feira, 5 de agosto de 2008

UM PASSEIO TURÍSTICO PELO RECIFE


No começo, apenas uma vila de pescadores e mascates, que guardavam mercadorias vindas do Reino. Era o "Porto de Olinda", ou o “Porto dos Navios”... Em canoas, tudo era levado para a opulenta Vila d´Olinda, onde viviam os nobres, os clérigos e o povo. Essa vila cresceu. Multiplicaram-se os ganhos. Moradias foram sendo melhoradas. Essa foi a situação existente na segunda metade do século XVI e começo do século XVII, até a chegada dos holandeses.

Possivelmente desgostosos com a topografia de Olinda, acidentada, com a qual não tinham nenhuma familiaridade, os invasores incendiaram-na, levando pedras para construírem no "Porto dos Navios" ou "Ribeira do Mar dos Arrecifes" que, no chamado "período nassoviano", viu-se escolhida para ser a Mauriciópolis, recebendo arquitetos, artistas plásticos, cientistas e tantos outros colaboradores que, pouco a pouco, modificaram a fisionomia urbana daquele núcleo.

Recife cresceu assim: aterrando mangues e margens dos rios, vendo surgirem pontes, recebendo castelos e espaços para soldados como um favor do Governo Holandês, entre tantas medidas.

Expulsos os invasores, jamais Olinda voltaria a ter de volta sua opulência perdida... E o Recife continuou a crescer, a ponto de ser, em 1827, elevado à condição de CAPITAL DE PERNAMBUCO.

UM PASSEIO TURÍSTICO VENDO O MAIS SIGNIFICATIVO NA CIDADE:

Bairro do Recife antigo – Aí começou a povoação, junto ao arrecife natural de onde herdou o nome... É uma ilha, com casarões seculares onde estava a vida boêmia até a década de 1970, quando começou sua revitalização e transformação em centro de lazer e de turismo. Modernamente, seus arrecifes receberam colunatas projetadas e confeccionadas pelo ceramista Francisco Brennand.

Ponte Maurício de Nassau – originalmente, foi a 1º ponte em madeira sobre o rio Capibaribe, inaugurada pelo Conde Maurício de Nassau em 1640, com recursos de uma campanha que ganhou o nome popular de “boi voador”. Outras reconstruções foram feitas através dos tempos. Em 1865, ganhou arcos de ferro, mais tarde demolidos. Na última reconstrução, em 1917, ganhou 4 estátuas de bronze nas suas cabeceiras, com placas comemorativas. É o principal acesso entre as ilhas do Recife e de Santo Antônio.

Praça da República – a mais bonita praça do Recife, no local onde Maurício de Nassau fez um jardim, diante do Palácio Friburgo. Nela estão situados o Palácio do Governo (Palácio do Campo das Princesas, residência oficial do Governador do Estado), o Teatro de Sta. Izabel, o Palácio da Justiça e um majestoso baobá..

Convento de Sto. Antônio - Situado na Ilha de Antônio Vaz, a 2ª ocupada no centro do Recife, abrigou a Ordem Franciscana desde o começo do século XVII. Tomada pelos holandeses, em 1630, serviu de moradia para os invasores. No conjunto de Igreja, claustros e capelas, destaca-se a Capela Dourada, em talhas de madeira banhada a pó de ouro e azulejos portugueses.

Igreja da Conceição dos Militares – Construída em 1772, em madeira e ouro, pelo arquiteto pernambucano João de Deus Sepúlveda, é em estilo barroco-rococó e nela se encontra um painel, abaixo do coro, com a BATALHA DOS GUARARAPES.

Teatro de Santa Izabel – datado de 1580, em estilo neoclássico, foi construído pelo engenheiro francês Vouthier e está localizado na praça da República, próximo ao Palácio-residência oficial do Governador do Estado.

Praça do Carmo / Av. Dantas Barreto – em frente à Basílica do Carmo (da padroeira da cidade), iniciada em 1687 e concluída em 1767, , É um dos mais belos templos da cidade, com festa entre 06 e 16 de julho. Possui um belo altar-mor e 8 altares laterais, todos diferenciados. Possui ainda convento, igreja da Ordem Terceira Carmelita, hospedaria, sala de conferências e clausura dos frades.

Igreja de São Pedro dos Clérigos – Monumento erguido a partir de 1759, é a Co-Catedral do Arcebispado de Olinda e Recife e um belo exemplar do barroco setentista, numa nave octavada...

Basílica de N.Sª da Penha - Muito semelhante às igrejas italianas, em estilo conríntio, possui afrescos de Murilo la Grecca, retratando os 4 evangelistas. Altares em mármore, cúpula prateada e rosetas douradas enfeitam esse templo, de 1870, onde está o túmulo de Dom Vital, Bispo de Olinda, perseguido pelas suas posições contra a Maçonaria. É administrado por frades capuchinhos.

Mercado de São José – Erguido em 1872, copiando um famoso mercado de Grenoble, na França, hoje desaparecido. É um dos mais importantes pontos de compra e venda para o povo.

Forte das Cinco Pontas / Museu da Cidade do Recife – Construído em taipa, antes da invasão holandesa, para defender o lugar onde havia água para beber (as cacimbas de Ambrósio Machado). Foi remodelado e ampliado pelos holandeses, em 1630, com o formato de estrela de cinco pontas, vindo daí o seu nome. Na reconstrução, após a expulsão dos invasores, duas das suas pontas foram reunidas em uma só, modificando-lhe a forma original, permanecendo, no entanto, o nome antigo. Nele funciona o Museu da Cidade do Recife.

Casa da Cultura – antiga cadeia do Recife, construída por Mamede Ferreira, serve hoje ao turismo, com vende de produção artística e artesanal. Tem estrutura de ferro e edifício na forma da rosa dos ventos.

Igreja de N.Sª da Assunção das Fronteiras (da Estância de Henrique Dias) – Templo barroco, erguido após a capitulação holandesa, nas “fronteiras” da estância do herói negro Henrique Dias, onde seu “Batalhão do terço” esteve acantonado. Foi este o lugar escolhido por Dom Helder Camara, para ser usado como residência, vivendo ele aí até sua morte. Abriga hoje o Memorial Helder Câmara.

Fundação Joaquim Nabuco – instalada em 1949, em um casarão colonial, azulejado, é um dos mais importantes centros de pesquisas do Brasil. Ao seu lado, está o Museu do Homem do Nordeste, com jardins de grande diversidade de árvores nativas e painel de Francisco Brennand, mostrando um canavial, Adornado com carro-de-boi, arado de pau, bonde, maxombomba e outros elementos tipicamente pernambucanos, é um espaço de divulgação do nordeste.

Espaços dos Brennand:
· Museu-Atelier Oficina Cerâmica Brennand, instalada na propriedade em ruínas da Cerâmica São João da Várzea, fundada pelo seu pai em 1917 e desativada desde 1945. Possui um surpreendente ambiente de exposição em antigos galpões, com peças de altíssimo nível de criação em cerâmica, num ambiente surpreendente, na Várzea, a 16Km do centro do Recife, à beira do Rio Capibaribe, cercado da exuberante mata atlântica.
· Castelo e área expositiva do Instituto Ricardo Brennand , que abriga museu, pinacoteca, biblioteca e outros espaços culturais. Expõe coleções e obras de arte, das mais diferentes procedências e épocas, adquiridas durante cinqüenta anos por seu criador, inclusive uma das maiores coleções de armas do mundo, com cerca de 3.000 peças






2 comentários:

Anônimo disse...

I'm thankful with your blog it is very useful to me.

Anônimo disse...

recife é linda, mas tem um cheiro horrivel