sexta-feira, 21 de novembro de 2008

A ATUAL "CASA PAROQUIAL" NORONHENSE


Só depois da definitiva ocupação da ilha de Fernando de Noronha em 1737, começou a ser construído seu patrimônio cultural. Desde essa época, a prática religiosa foi, principalmente católica. O mais importante templo católico - a Igreja de N. Sª dos Remédios - iniciada em 1737 e concluída em 1772, foi eclesiasticamente ligada à Paróquia de São Frei Pedro Gonçalves (Igreja da Madre de Deus), no Recife desde 1789 como extensão da mesma.

Anexo à Igreja e, provavelmente da mesma época da sua construção, foi erguida a chamada “casa paroquial”, embora não houvesse paróquia na ilha e sim capelães designados para o presídio então existente, que usavam essa casa contígua à igreja como residência.

No final do século XIX e princípio do século XX, a irregularidade no envio dos padres era tanta que a “casa paroquial” passou a ter outros usos, como residência dos Diretores do Presídio e alojamento de visitas ilustres. Depois de algum tempo, o edifício foi entregue a moradores da ilha, recebendo modificações interiores, sendo usada como pousada, até transformar-se num estabelecimento comercial, como equipamento turístico.

E foi preciso - nos tempos de agora - a ação combativa do atual Delegado Eclesiástico noronhense, Dom Edvaldo Amaral, religioso salesiano e Arcebispo Emérito de Maceió, para que, com recursos da Adveniat da Alemanha e o apoio da Administração de Fernando de Noronha, uma nova CASA PAROQUIAL fosse implantada numa ruína localizada nas proximidades da Igreja dos Remédios, inaugurada em 15 de janeiro de 2005, pelo titular da Arquidiocese de Olinda e Recife, Dom José Cardoso.

Singela e pequenino, o imóvel pode acolher até três pessoas a serviço da Igreja, oferecendo toda a estrutura necessária à permanência, com uma adaptação apropriada da antiga ruína escolhida. E isso foi o elemento facilitador da movimentação de padres na ilha, garantindo o apoio condigno à comunidade católica existente, pelas condições oferecidas a esses sacerdotes.

São retratos de um tempo de agora, nessa continuidade da História que o Arquipélago vive!

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