segunda-feira, 22 de agosto de 2011

É TEMPO DE CELEBRAR A PADROEIRA DE FERNANDO DE NORONHA


Agosto é um mês de festas, para Fernando de Noronha. Dois feriados distritais celebram datas importantes para a ilha. Primeiro comemora-se o 10 de agosto de 1503, data considerada aquela mais aceita pelos historiadores para explicar a abordagem do arquipélago, por Américo Vespúcio, participante da expedição que passava por ali e aí perdeu, por naufragio, uma de suas naus. E depois todas as atenções convergem para celebrar a Senhora dos Remédios, padroeira daquele espaço insular desde o século XVIII, quando ali funcionava um presídio comum.

A festa dura sempre dez dias, como costuma ocorrer em quase todos os municípios brasileiros. Uma novena prepara o grande dia principal, quando a imagem de N. Sª dos Remédios percorre a Vila dos Remédios, em direção à Igreja de N. Sª dos Remédios, um dos monumentos tombados pelo IPHAN, desde 1981.

Excepcionalmente, neste ano de 2011, os nove dias anteriores à data dedicada à padroeira foram pensados para serem diversificados, diante do que se fazia sempre. Instituições públicas e privadas, grupos culturais e esportivos instalados na ilha, prepararam-se para acolher a presença do padre-residente e sua equipe pastoral para visitas, celebrações, apresentações artísticas, atividades esportivas, filmes e palestra, esta última sendo o marco inicial da festa agora em curso...


E, com esse espírito de ampliar a relação entre a igreja católica e a população insular, a palestra discorreu sobre "A RELIGIOSIDADE EM FERNANDO DE NORONHA", desde
1612, quando ali foi celebrada a primeira missa na ilha (pelo frade capuchinho francês Frei Claude D´Abbeville, companheiro do conquistador de Maranhão, numa parada das suas embarcações na ilha)... E prosseguiu falando da presença calvinista holandesa, entre 1629 e 1654, quando da permanência da Holanda ali, por 25 anos e tantas outras referências.


Uma história religiosa de muitos séculos, predominante católica, passada toda ela longe do continente, na distância do arquipélago, escolhida para marcar o início das comemorações para a padroeira. Uma história que caminha no tempo até os dias de agora, quando Fernando de Noronha vive a segurança de contar com um padre-residente, lider do seu rebanho e seu atual condutor, sem que fossem esquecidos os registros das denominações evangélicas e do grupo espírita, igualmente cristãos, que vivem a sua fé no mesmo pedaço ilhado ...


É tempo de celebrar a padroeira de Fernando de Noronha de muitas formas e com muito entusiasmo... E esse tempo já está acontecendo!


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