domingo, 19 de fevereiro de 2012

É TEMPO DE CARNAVAL

Se em todo o Brasil o Carnaval é um tempo de festas, em Pernambuco ele tem um significado excepcional... A folia cresce em importância pela diversidade cultural que marca o reinado de Momo, levando para as ruas o povo da capital, da região metropolitana e do interior, cada um desses espaços guardião da beleza e da diversidade de ritmos e de danças próprias e únicas, na singularidade como surgiram e se fizeram tradição.

Nos sítios históricos de Olinda o Carnaval tem um cenário especial, derramando magia e beleza pelas ruas, ladeiras, becos, montes... São os bonecos-gigantes, cheios de irreverência e impacto... São as centenas de clubes, troças, blocos, de nomes curiosos, anunciados todos pelos clarins que os precede... Nos bairros localizados fora desse circuito secular, os pólos de animação apressam-se em levar a beleza conhecida na área tombada para longe, oportunizando a descoberta do lirismo, das tradições e do novo, que se vai incorporando ao Carnaval dos dias de agora, fiéis ao passado e, ao mesmo tempo, aberto à mudança.

Na capital – o Recife – também a febre de animação se apresenta, começando oficialmente com “o maior bloco do mundo” – o Galo da Madrugada e seguindo adiante, tanto no Recife-antigo como em uma infinidades de espaços carnavalescos, onde a irreverência também faz morada, nas inúmeras agremiações, reunindo adultos e, de forma especial, trazendo os pequenos para a festa desde a mais tenra idade... E o frevo “rasgado”, dançado como ninguém imagina, concorrendo com o batuque forte dos maracatus, nos cortejos de realeza africana... E o lirismo dos blocos fazendo história...

Pelo região metropolitana e pelo interior do Estado não é diferente. Muito frevo e passo, grupos de caboclinhos com suas preacas, maracatus rurais (com as extraordinárias golas bordadas apenas por homens), papangus e suas máscaras originais, carros alegóricos, e outros, outros, outros...

Certamente, nada se compara a entrar-se num Carnaval sem passarelas, limite de tempo para “exibição”, mas liberto e diverso. Com a vantagem que pode-se olhar, mexer-se enquanto contempla os que passam e dançam, ou entrar no centro da festa, fantasiar-se para representar seu bloco, ou ainda dar-se as mãos, como uma corrente humana, para proteger os que brincam e seus instrumentos que espalham as melodias.

Isto é o CARNAVAL PERNAMBUCANO. Isto é o tempo de extravasar fantasmas, enfeitar os rostos, experimentar danças frenéticas ou tranqüilas, sempre de acordo com o “gosto” de cada um.

Duvida??? Então venha... Ainda dá tempo!

E, de quebra, reverencie as figuras escolhidas para serem símbolos do Carnaval de 2012: Em Olinda: seu ex-Prefeito em dois diferentes momento, jurista, historiador e também folião GERMANO COELHO, No Recife, o jurista, compositor e cantor ALCEU VALENÇA. E ainda o velho (e tão querido) LUIZ GONZAGA, “o Rei do Baião”, na comemoração dos 100 anos de seu nascimento.


Vamos lá... “Acorde” o folião que existe em você e venha!

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