sexta-feira, 12 de outubro de 2012

TEMPO DE SER CRIANÇA...


 
Do tempo de ser criança
a gente guarda – para toda a vida –
aquele jeito próprio de ver o mundo
e olhar os outros / e olhar de frente
com uma coragem e um destemor
 nunca mais reencontrado.

Do tempo de ser criança
resta - escondida no coração -
uma vontade inconfessada
de romper padrões preconcebidos
e proclamar a volta da alegria,
 jamais sentida como antigamente.

Do tempo de ser criança
fica pouco – no rosto que se modifica –
e muito – no coração
que não muda quase nada!

Do tempo de ser criança
ficam as lembranças que não morrem nunca
de caminhos que, em sonho,
como a gente queria de novo percorrer...

(Do meu livro "As muitas faces do bem-querer")

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