segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

UMA DATA MARCANTE PARA A ILHA



1º de dezembro de 1947 foi – em Fernando de Noronha – um dia muito especial... Um movimento incomum preparava o acontecimento histórico, no centro da Vila dos Remédios, Crianças vestidas como marinheiros formavam uma ala significativa, nas imediações do Monumento ainda coberto, pronto para o momento de deixar-se ver, diante da bela construção que, no meio da enorme Praça d´Armas (ou Praça do Comando), apresentava-se como sede do comando do Território Federal, conduzido pelo Exército.

Seriam duas inaugurações, naquele dia festivo.  
Primeiro, a antiga “Directoria do Presídio” ressurgia, ampliada em um pavimento superior, transformada agora no Palácio São Miguel. Dentro dele, um belo Vitral da escola de Moser, executado pelas mãos hábeis da vitralista e discípulas dele, Aurora de Lima, enchia de cores o espaço interior. Duas telas grandiosas, do artista plástico Wash Rodrigues, retratavam cenas históricas de momentos passados,
um do século XVII e outro do século XX.      

Diante dele, voltado para o mar, o Monumento a Gago Coutinho e Sacadura Cabral, doado pelo Governo Português, em homenagem aos 25 anos da chegada desses aviadores portugueses ao arquipélago, na primeira travessia por sobre o Atlântico, feita em 1922, sendo este o primeiro local tocado no Brasil. Emoldurando-o, uma esfera armilar (instrumento de astronomia aplicado em navegação) era símbolo de sua origem portuguesa.

Duas emblemáticas ações tornaram-se simbólicas naquela solenidade:
> o canto – pelas crianças da escola – do Hino de Portugal
> e a colocação de uma carta de um dos heróis da travessia: Gago Coutinho, feita de próprio punho, saudando os brasileiros e portugueses ali presentes.

Nas imagens antigas lá estão os militares que rodeavam o Monumento, diante do Palácio São Miguel, testemunhas de um importante capítulo da história noronhense, cercados por autoridades dos dois países, em festa cerimoniada pelo Secretário do Presídio, Jordão Emerenciano e condução do Governador do TFFN, Major Mário Fernandes Imbiriba.

Inesquecível festa cívica! Valiosos registros de um tempo que se foi, mas permanece vivo na memória histórica desse arquipélago tão importante para o Brasil! 

Nenhum comentário: