sexta-feira, 10 de julho de 2015

UM MESMO LOUVOR EM DUAS CIDADES-IRMÃS



A festa dura três semanas... Uma festa de devoção, de carinho pela Mãe do Céu, aqui invocada sob o título de NOSSA SENHORA DO CARMO. Para as duas cidades tão próximas – Recife e Olinda – acorrem devotos de todos os cantos, para essa veneração que tem o tempo do amor filial como sua marca e a tradição tão antiga como inspiração.

Primeiro no RECIFE, onde ela é a Padroeira aclamada por decisão popular, que se fez verdade no começo do século XX, deixando de ser a “padroeira menos principal“ (título que dividia com o então verdadeiro patrono, Santo Antônio) para ser a venerada como Mãe de todos os recifenses. E pelos tempos afora as comemorações se sucederam, no belo e solene Novenário de músicas próprias, por mais de sessenta anos entoadas pelo mesmo grupo de canto – o Coral do Carmo do Recife – afora os festejos profanos no largo da sua Basílica, sempre marcados pela fidelidade dos filhos e a curiosidade dos visitantes.

Depois, a retomada pelos carmelitas da velha e belíssima Igreja o Carmo de Olinda – a mais antiga igreja da Ordem nas Américas, desde 1580 – estendeu e uniu a devoção entre as duas cidades-irmãs, prolongando o tempo de celebrar a Virgem do Carmelo, dando-lhe um  tempo maior, unindo os festejos , a partir da procissão do dia 16 de julho, através dos mais de seis quilômetros de caminhada de um lugar a outro, marco do início da festa de Olinda.

Pois esse é o tempo que estamos vivendo. No Recife, desde o dia 1º de julho, cantos, flores, celebrações concretizam essa festa carmelitana. E preparam a continuidade que virá, a partir do dia 16 de julho, para se fazer verdade lá na Casa-Mãe de Olinda, com o tríduo de orações e a solene Missa festiva que encerra toda a festa.

Revestidos com o Escapulário, os devotos externarão sua fé e confirmação sua escolha, privilegiando a Mãe de Deus com o título de Senhora da Carmelo, entregando-se às homenagens a ela prestadas, de tantas maneiras...

E, entre tantos cantos feitos para saudar essa Mãe, cantarão seu amor filial, na PRECE que sintetiza o amor no coração de todos:

Ó Rainha do céu, Flor do Carmelo, tu que és o auxílio do cristão,
ouve, Mãe poderosa, o meu apelo; eu confio em teu bom coração...
A teus pés, Virgem Santa, permaneço, implorando a tua proteção.
Tu bem sabes, ó Mãe, o que te peço, nessa humilde, singela oração!
Tu bem sabes, ó Mãe, meu sentimento. Tu bem sabes que é grande o meu amor.
E eu sei que tu és o meu alento. No sofrer, tu minoras minha dor.
Só o justo floresce como a palma. Um lugar, entre os justos quero ter...
Teus louvores, cante sempre a minha alma, pra poder teus favores merecer! 

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OBS: a música PRECE foi composta pelo antigo e já falecido maestro do Coral do Carmo do Recife, M.Bezerra, num momento de dor extrema e com ela,  alcançou a graça pedida à Mãe dos Carmelitas. De lá para cá, é uma das melodias mais entoadas ao longo dessa festa de amor sem limite.

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