quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

FESTEJOS DE NATAL EM FERNANDO DE NORONHA

A chegada dos militares para administrar o Território Federal de Fernando de Noronha, criado em 1942, trouxe para o arquipélago diversos costumes praticados no continente, muitos deles característicos da Região Nordeste.
Esses festejos ganharam uma dimensão nova, com a inclusão de cortejos natalinos com Papai Noel, figuras e danças de Pastoril (folguedo praticado nesse tempo, em quase todos os estados nordestinos), tanto aqueles encenados por crianças e adolescentes, com jornadas singelas e de caráter religioso, como os chamados “Pastoris profanos”, dançados em tablados nas ruas e em horas mais avançadas, pelo seu caráter provocador, quase sempre proibidos. A diferença é que na ilha, somente os pastoris infanto-juvenis seriam permitidos.

Os governadores militares que se seguiam traziam de Alagoas ou de Pernambuco professoras de Pastoril, para ensinar as danças, as músicas, as competições em Fernando de Noronha. E uma das professoras locais – Dona Nanete - acabou tornando-se especialista como Mestra de Pastoril, preparando – a cada ano – o grupo de meninas que subia aos tablados enfeitados para esse fim e atraiam as torcidas que competiam pelo ENCARNADO ou pelo AZUL, coroando, ao final, a MESTRA ou a CONTRA-MESTRA, como a vencedora.

Nessas festividades, o Papai Noel chegava em um “trenó “ improvisado numa carroça puxada a cavalo e outras adaptações eram inventadas para que o Natal  tivesse a participação das famílias que ali viviam, inclusive também dos filhos dos militares em serviço, tanto do Exército (ate 1981) como da Aeronáutica que assumiu, a partir daí, a condução do TFFN.

A imagem aqui mostrada relembra esse tempo passado... Doce memória para adultos de agora, que viveram as alegrias de comemorar o Natal em plenitude lá no meio do oceano!!!    

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