Em
21 de janeiro de 1957 era assinado o
Acordo entre o Brasil e os Estados Unidos
da América para a implantação, em
Fernando de Noronha, do Posto de Observação
de Misseis Teleguiados - POT. Na época, o Arquipélago era um Território
Federal, administrado pelo Exército, sob a jurisdição da 7ª Região Militar,
sediada em Pernambuco. E o Presidente Juscelino Kubitschek foi ao Arquipélago
para a deflagração dessa ação especial.
Por troca de notas, definia-se a construção, na ilha,
de instalações para o acompanhamento de projeteis teleguiados, sendo ali o 11º POT
entre o Cabo Canaveral e a Ilha de Ascensão, providência que seria tomada para
todas as ilhas do percurso definido. O objetivo era a defesa mútua dos países e a defesa do Continente, especialmente a partir do Tratado Interamericano de Assistência
Recíproca, firmado no Rio de Janeiro, em 1947, onde era admitido que haveria
parceria e colaboração dos Governos para a defesa do Continente americano,
ajustando a construção, na Ilha Fernando de Noronha, de instalações de natureza
eletrônica, relacionadas com o acompanhamento de projeteis teleguiados, a serem construídas
por especialistas e técnicos norte-americanos assistidos por especialistas e
técnicos brasileiros.
Foi essa a 2ª presença americana em Noronha, anos
depois da primeira presença na II Guerra Mundial, quando os soldados americanos ocuparam a área entre a
Baía Sueste e o caminho para a Praia de Atalaia. Agora, a área escolhida fora o
Boldró, hoje contida, em sua maioria, no PARNAMAR/FN. No local surgiram espaços construtivos diferenciados e parte deles veio a ser usado por militares que serviam na ilha, após a saída dos seus ocupantes estrangeiros.
Havia a indicação de que os
e técnicos norte americanos designados para os trabalhos seriam gradativamente
substituídos por técnicos brasileiros em comum acordo e as construções e
benfeitorias feitas na ilha seriam incorporadas ao patrimônio do Brasil, ao final
da cooperação, inicialmente previsto para cinco anos.
O POT foi extinto em 1965. As construções para abrigar os serviços e os alojamentos – apelidados de “iglus“,
pela sua forma arredondada de cobertura - foram ocupados para vários fins,
inclusive pelos que iniciaram o TAMAR e vários foram avariados,
incendiados e/ou demolidos, perdendo-se parte dessa memória construtiva importante na história insular. Pena! .
Nenhum comentário:
Postar um comentário