domingo, 2 de novembro de 2008

A IGREJA DO CARMO DE OLINDA - HOJE


Faz muito pouco tempo que a comunidade “de resistência” da Igreja do Carmo de Olinda voltou a ter suas celebrações aos domingos, a partir das 11h. Uma vitória, na luta que já dura 15 anos e que se fortaleceu em uma outra batalha, travada desde o final do século XIX, quando a Igreja e convento dos Carmelitas foram tomados dos seus legítimos donos, passando para o domínio da União.

A volta simbólica ainda apresenta entraves, para que seja plena, pois os frades e a assembléia dos devotos da Virgem do Carmo estão - temporariamente – abrigados no corredor lateral que resta da edificação do convento (demolido no começo do século XX), enquanto aguardam a finalização das obras do majestoso templo colonial.

O altar-mor está pronto, lindamente dourado, com seus três nichos, abrigando a imagem de N.Sª do Carmo e, nas laterais, os santos fundadores da ordem: Sto. Elias e Sto. Eliseu. As telas oitocentistas também recuperadas, ocupam as paredes desse altar-mor. A nave vive agora o tempo de trabalho de descoberta de seus detalhes feitos em pedra, sendo o que falta para, após a conclusão, ocorrer a reposição do piso e o uso do templo por inteiro, novamente.

Do lado de fora, uma escada suave, rodeando o Cruzeiro, permite o acesso à Colina do Carmo. No altar externo, posto no frontispício, também a Mãe do Carmelo, esculpida em pedra, vigia seus domínios.

Não vai demorar o tempo de reabrir-se a Igreja carmelita de Olinda, a Casa-Mãe nas Américas, para o seu uso principal, que é o de ser uma casa de oração, embora aí possam conviver diversos outros usos, inclusive espetáculos de Arte.

Alias, enquanto se espera e se improvisa o uso de um espaço menor, já se tem um belo exemplo do que pode ocorrer ali, com a presença pontual, a cada 4º domingo de cada mês, do Coral do Carmo do Recife, que é um aliado dessa luta vitoriosa desde o início...

Agora, estamos cada dia mais perto. Aleluia!

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