domingo, 11 de outubro de 2009

HOMENAGEM ÀS CRIANÇAS


OS PEQUENITOS

Aos bandos ou sozinhos,
seus olhos, sua irrequieta forma se ser
deixa no ar a inesquecível força
que paira, por muito tempo,
quando vão embora...
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Aí estão eles, Senhor,
os pequenitos,
tão queridos do Teu amoroso coração.

Há luz nos olhos curiosos,
uma luz que se irradia
e inunda os espaços por onde passam,
permanecendo no ar quando se vão.

Suas mãos parecem mágicas,
no buliçoso ir e vir, malandrinho,
característico de um coraçãozinho
ávido para dar-se por inteiro.

Seus pés voam, por vezes,
como asas invisíveis...
Suas cabecinhas mergulham fácil, fácil,
na fantasia de sonhos curiosos e fecundos.
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Guarda-os, Senhor, da maldade do mundo.
Impede, enquanto for possível,
que eles naveguem no mar de adulto egoísmo,
para que possam povoar nossa vida
de “gente grande
com a antiga doçura de viver
que foi o encantamento do nosso tempo
de ser criança também!

(Publicado no meu livro “Cantando o amor o ano inteiro”, Paulinas, 1986)

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