sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

O MAIOR E MAIS LINDO PRESÉPIO DO BRASIL SE FOI...


20h, de um dia comum... A Praça do Carmo (ou “da Preguiça”), em Olinda, cheia de gente: famílias inteiras, com suas crianças saltitantes; idosos saudosistas emocionados e felizes; turistas de máquinas fotográficas em punho, disputando com transeuntes o espaço possível para imortalizarem aquele momento mágico; clima natalino no ar e o PRESÉPIO – enorme, inesperado, fiel às páginas sagradas, caprichosamente construído por mãos populares, sob a “batuta” de um gênio: o artista plástico, museólogo, sociólogo e mamulengueiro Fernando Augusto Gonçalves!

Algo surrealista espraiado pela colina do Carmo, uma das menores, dentre as sete que compõem o sítio histórico olindense. Como “pano-de-fundo” a mais antiga igreja carmelita das Américas, engalanada pela lua e pela luz para aquela festa, acolhendo a Arte olindense na sua expressão mais genuína: a dos bonecos, na “pátria dos bonecos”, sejam eles pequenos (os mamulengos) ou grandes e, nesse caso, enormes, gigantescos.

Um ir e vir que parecia não terminar nunca... Onde o melhor ângulo para ver tudo? De que lugar a melhor foto? Onde postar-se para ouvir-se claramente a trilha sonora natalina, pontuada de canções imortalizadas pelo mundo?

E ali, bem pertinho, o mimoso coreto redondo, de procedência inglesa, em ferro fundido e motivos decorativos únicos, também lindamente iluminado, integrava-se e compunha a cena gloriosa, presente de Natal dado a todos que acreditaram no que se adivinhava pelas noticias da mídia e no que se leu, nos registros elogiosos feito na imprensa.

Estava de volta, naquela praça, naquele dezembro que terminava, o ir e vir contínuo de pessoas de todas as idades. Retomava-se, no tempo, o sadio e quase esquecido costume de caminhar desassombrado por um espaço característico de Olinda... E isso, atraídos e protegidos todos pelo PRESÉPIO monumental, pelo ambiente surreal criado por mãos talentosas, por esse tempo de Natal comemorado aqui bem ao gosto olindense, que “bonequiza” todos os que se vão, numa homenagem popular e que recebeu, no último mês de 2009, as tradicionais cenas do nascimento de Jesus, nas “Lapinhas” (criadas por São Francisco) também “bonequizadas”.

De parabéns estão os que conduzem atualmente os destinos de Olinda, por terem acreditado no sonho e no talento do criador daquela maravilha! De parabéns estamos nós, que podemos viver o privilégio de sentir o calor da noite olindense, diante de um PRESÉPIO nunca visto, de uma cenografia impressionante e especial, de um clima de magia e de verdade, traduzido em figuras singelas de animais e de gente, compondo um todo inesquecível!

Agora, a imagem se foi... Como nos bons e riqúissimos natais do passado, o ciclo natalino se encerrou e o presépio foi sendo desmontado... Tomara que venham mais e mais bonecos nesta Olinda singular, nos tempos que hão de vir!

Um comentário:

Anônimo disse...

Sim, provavelmente por isso e