Nascemos. Crescemos. Realizamos
muitas coisas pela vida. Perseguimos a felicidade, avidamente, e desfrutamos
dela em tantos e tão diferentes momentos. À medida que envelhecemos,
miramos o céu de nossas crenças, vislumbramos o instante em que se dará a nossa
passagem para um outro plano, alimentados ou não pela fé que possamos ter nesse
futuro incerto, cada dia mais distante das coisas que nos rodeiam, olhos fitos
no caminho que teremos que atravessar.
Esse é o sentimento talvez
inconfessado ao prantearmos os que partiram e centralizamos isso elegendo um
dia para orações especiais ou pensamentos plenos de carinho, idealizando que
aqueles que amamos tenham encontrado a paz.
Finados é, aparentemente, a celebração do fim, de um descerrar de
cortinas e de portas para tantos que entraram em nossa história... Mas é também
o dia da reflexão séria pelos que se foram e que continuam conosco, armazenados
nas nossas lembranças mais fortes de gestos, de decisões, de comprometimento de
vida experimentados.
Finados pode ser, também, o dia
do reavivar dos nossos sonhos, de selar o desejo de valer-se do tempo que nos
resta – e jamais saberemos o quanto – para fazer o bem, para amar, para
partilhar a vida, para construir o edifício dos nossas acertos e deixarmos para
lá o que faz mal, incomoda, destrói, prejudica.
Cabe-nos a decisão. Que ela seja
fruto do amadurecimento que chega com a idade e nos permita um encontro conosco
mesmos, arautos e geradores da felicidade que acreditamos merecer,
como imaginamos um dia e até tê-la alcançado, mesmo tênue e frágil.
Mais um DIA DE FINADOS para nos ajudar a sermos melhores do que somos. Que
tenhamos sucesso nisso!
Nenhum comentário:
Postar um comentário