sábado, 12 de março de 2016

A MAGIA DE DUAS CIDADES IRMÃES...


Houve um tempo – distante tempo que já se foi – em que uma vila se fez, pela escolha iluminada de alguém que vinha para assumir aquele espaço desconhecido. O encantamento dele foi imediato. Bastou-lhe subir as colinas que avistava de longe pelo caminho e, lá do alto, contemplar “a linda situação para se construir uma vila“...  O nome que se definia ali -  expressava o fascínio pelo lugar que viria a ser a mais próspera e bela terra daquela Capitania que começava bem. Definiam-se os contornos da “Muy nobre e sempre leal Villa d´Olinda”.

Era o ano de 1535. Um ano depois da criação do regime de Capitanias Hereditárias nas terras de Brasil. Dois anos mais tarde – em 1537 – o Foral de Olinda definiria a ocupação feita por Portugal e, nesse documento, rico de informações, estava o registro também da “Ribeira do mar dos arrecifes“, lá adiante, longe dessa vila que nascia, para onde tinham vindo os nobres, acompanhantes do donatário. Por aquela “ribeira do mar” entravam as embarcações... Ali era o porto, delineado pela linha quase reta da muralha natural que o guardava. Era a primeira aparição do “arrecife“ num documento oficial, registro esse que mereceria ser usado para considerar que já havia uma ocupação em torno daquele fantástico espaço portuário. E a data foi celebrada como aquela que “comprovava a existência histórica do Recife”.

Hoje, dia 12 de março, Olinda e Recife celebramos esse “aniversário“ pela existência do Foral de Olinda, que registra essa data no seu encaminhamento à Câmara de Vereadores: 12 de março de 1537. Outro por esse mesmo documento conter todas as referências a uma Olinda já existente, desde 1535.      

Cidades-irmãs, Olinda e Recife dividiriam o poder através dos tempos, uma como a primeira Capital deste Pernambuco que crescia; outra como Capital atual do Estado que somos. Uma plantada em sete colinas (a “nova Roma de bravos guerreiros” de que fala o nosso Hino) e outra cortejada pelo Rio Capibaribe, que por ela passa, ao encontro do mar. Em ambas, igrejas seculares, conventos, histórias, marcos culturais...

Cidades-irmãs, Olinda e Recife, o futuro é de vocês, mergulhadas em nosso amor, que cresce, cresce, cresce!


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